E se Cristo não ressuscitou…

E se Cristo não ressuscitou…
2018julho21 Casamento Ana
Não estamos a citar uma obra cética, ateia ou agnóstica, nem tão pouco um comentário religioso islâmico que nega a morte de Jesus na cruz, e portanto, a Sua ressurreição.
A Bíblia poupa os céticos ao trabalho de tentar identificar o “calcanhar de Aquiles” do evangelho e do cristianismo. Sem ressurreição não temos evangelho nem cristianismo. O evangelho permanece de pé ou cai face ao facto histórico da ressurreição de Jesus. É o apóstolo Paulo que assim escreve quando se dirigiu pela primeira à igreja em Corinto na sua primeira carta inspirada pelo Espírito Santo, no grande capítulo da ressurreição: “E se Cristo não ressuscitou então a vossa fé é inútil e vocês ainda estão sob condenação por causa dos vossos pecados.” (v. 17 – OL). O apóstolo continua de forma enfática “E se a nossa esperança em Cristo é unicamente pra esta vida nós somos as pessoas mais miseráveis no mundo.” (v. 19,20 – OL). Para logo mais afirmar taxativamente: “Mas o facto é que Cristo ressuscitou mesmo dentre os mortos e se tornou o primeiro entre os milhões que um dia voltarão a viver!” (v. 20 – OL).
Vários tentaram a tarefa de provar que Jesus não ressuscitou dos mortos. Um deles está registado no livro Quem Moveu a Pedra?, escrito por Frank Morrison, um periodista inglês que se dispôs a demonstrar que a história da ressurreição de Cristo era um mito. As suas investigações levaram-no à fé no Cristo ressuscitado. O primeiro capítulo tem o título sugestivo “O livro que se negou a deixar-se escrever”. Muitos outros tentaram esta façanha e esbarraram com as evidências que percorrem todo o Novo Testamento. Aliás, não é possível explicar a Igreja sem a realidade da ressurreição.
A ressurreição, é o principal de todos os sinais da singularidade e exclusividade de Cristo. Todos os grandes vultos da história da humanidade morreram e os seus restos mortais estão aí a comprová-lo. O túmulo de Jesus está vazio!
Teria sido muito fácil, demasiado fácil, acabar de vez com a igreja nascente e o testemunho intrépido dos discípulos, fazendo desfilar o corpo do Nazareno pelas ruas de Jerusalém. Ninguém o fez porque não o podiam fazer. Os religiosos judeus só não o fizeram porque não era possível fazê-lo. Os romanos também alinhariam nessa prova incontestável para limpar a afronta do selo romano quebrado na sepultura porque um anjo removeu a pedra, transportando-a para cima, com um peso calculado em duas toneladas, segundo a obra Evidência que Exige um Veredito (volume 1), de Josh McDowell, e dos guardas que desertaram com a insinuação religiosa de que os discípulos tinham vindo de noite, e roubado o corpo. Que vexame para a bem preparada escolta militar romana. Ao contrário os discípulos estavam dispostos a sofrer o martírio por causa daquilo que sabiam ser a verdade e que em consciência não podiam negar, isto depois da sua debandada após a crucificação do Mestre. Como alguns apologetas cristãos referem, alguém pode estar disposto a morrer por algo que pensa ser verdadeiro quando é algo, mas ninguém se dispõe a morrer por algo que sabe ser mentira.
Maomé também tentou passados sete séculos reescrever a história no seu ponto fulcral, negando que Jesus tivesse morrido, e portanto também não teria ressuscitado. Logicamente decidimos pelo testemunho dos discípulos de Jesus, do que por algum depoimento ou revelação depois de tantos séculos.
Na realidade o mais importante da ressurreição de Jesus é que ela vem acompanhada com milhões de testemunhos de pessoas que foram transformadas pelo mesmo poder que o ressuscitou. Paulo fala disso na sua carta aos Efésios: “E, mais ainda, para se darem conta do ilimitado poder que dispõe a nosso favor, nós os que cremos em resultado da ação dessa força divina que nos transformou. Esse poder grandioso foi também o que ressuscitou a Cristo, levantando-o dentre os mortos e colocando-o à direita de Deus nos domínios celestiais e acima de todo e qualquer chefe e autoridade, acima de todo o poder e governo que possa existir. Deus colocou tudo o que existe no universo sob a autoridade de Cristo, e fez dele a cabeça de todas as coisas, para benefício da igreja, a qual é o seu corpo; é ele que a enche com a sua presença, como também enche todas as coisas em todo o lugar.” (Efésios 1:19-23 – OL).
A ressurreição é a certeza da nossa esperança, o seu fundamento sólido. “Porque Ele vive posso confiar, porque ele vive não temerei” é a letra de uma música evangélica em torno desta verdade. A Sua ressurreição é a nossa certeza de vida eterna, que começa aqui e permanece para todo o sempre nas moradas que nos foi preparar. O capítulo quinze da primeira carta aos Coríntios termina com este brado de júbilo: “Como estamos gratos a Deus por tudo isso! Foi ele que nos tornou vitoriosos por meio de Jesus Cristo nosso Senhor!” (v. 57 – OL).
Samuel R. Pinheiro
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