CONHECER DEUS

CONHECER DEUS
2018julho21 Casamento Ana

“Oh! Que possamos conhecer o SENHOR! Apressemo-nos a conhecê-lo! Responder-nos-á tão seguramente como o aparecimento da alva todas as manhãs ou como a chuva da primavera que rega a terra.” (Oséias 6:3)

Deus é pessoal – 3 pessoas numa unidade absolutamente perfeita. Não é simplesmente uma rubrica do conhecimento filosófico ou teológico. Não é um assunto, um silogismo, um somatório de ideias feitas, um dogma, uma teoria. DEUS É DEUS. Todo o conhecimento cognitivo que podemos ter Dele tem o seu lugar, mas CONHECER DEUS é muitíssimo mais do que isso.
Deus é espírito, luz, amor e santo que podemos conhecer pessoal e individualmente, porque somos imagem Dele – imago dei, porque a nossa mente foi criada de tal modo que O podemos entender e o nosso coração (alma e espírito, emoções, consciência e vontade) foram criadas de modo que nos podemos relacionar e percebê-lO. TENHAMOS TANTO DESEJO EM CONHECER A DEUS COMO ELE TEM EM SE DAR A CONHECER!
Não conhecemos a Deus pela genialidade da nossa inteligência, mas na sinceridade da nossa disponibilidade. “Encontrar-me-ão quando me buscarem de todo o vosso coração, com toda a diligência.” (Jeremias 29:13 – O Livro).
Todos O podemos conhecer com mansidão e humildade. Foi Jesus quem disse: “Aprendam de mim, porque sou brando e humilde”. (Mateus 11:29 – O Livro)
Dentro de cada homem e mulher há uma aspiração para conhecer Deus. Todos nos interrogamos acerca de quem somos, do nosso propósito e desígnio, de onde viemos e para onde vamos, o que é que estamos aqui a fazer. A humanidade pode apresentar várias alternativas, mas a resposta não se encontra dentro dos nossos limites. Nós não somos a razão de nós mesmos. Não nos criámos. Foi Agostinho de Hipona que declarou que fomos criados para Deus e só nos satisfazemos e realizamos Nele. “Tudo tem o seu tempo próprio e ainda que Deus tenha posto no coração do ser humano a ideia da eternidade, mesmo assim o homem não consegue atingir inteiramente o propósito das obras de Deus, desde o princípio até ao fim.” (Eclesiastes 3:11 – O Livro). Não, não fomos criados para a morte, nem fomos criados para a solidão cósmica. Não fomos criados apenas para nós próprios porque não nos bastamos. Deus não é um tapa-buracos, Deus é para a inteireza de todo o nosso ser: espírito, mente, coração, sentimentos, emoções, consciência e vontade, e para o nosso corpo. Deus é para a totalidade da nossa vida individual, familiar, eclesial, profissional, cultural e de lazer.
Tudo à nossa volta nos fala acerca de Deus. Do mesmo modo como uma pintura fala do pintor ou a escultura fala do escultor. Algumas vezes parece que perdemos o sentido de nos deslumbrarmos diante da natureza, da imensidão do mar, de um nascer ou de um pôr-do-sol, de um botão de uma flor. O conhecimento acerca do que nos envolve não substitui o Criador de todas as coisas, do mesmo modo como a explicação de como funciona um relógio não nega a existência do relojoeiro.
“Os céus expressam a glória de Deus
e o firmamento demonstra a obra das suas mãos.
Cada dia transmite mensagem ao dia seguinte
e cada noite compartilha conhecimento a outra noite.
Não pronunciam discursos, nem palavras,
nem fazem ouvir a sua voz.
Contudo a sua mensagem vai por toda a Terra, até às suas extremidades;
o Sol mora nos céus, que Deus fez como uma tenda para ele.
Atravessa o firmamento, levantando-se,
radiante como um noivo para o casamento,
jubiloso como um atleta, preparando-se para competição.
Atravessa o céu de ponta a ponta
e nada se pode furtar ao seu calor.” (Salmo 19:1-6 – O Livro)

“Desde a criação do mundo que os homens entendem e claramente veem, através de tudo o que Deus fez, as suas qualidades invisíveis: o seu eterno poder e a sua natureza divina. Não terão, portanto, desculpa de não conhecer a Deus.” (Romanos 1:20 – O Livro)

Dentro de nós a mesma voz se ouve. A natureza teria sido muito cruel se nos tivesse outorgado uma inteligência para chegarmos à conclusão de que tudo é um absurdo, sem sentido, propósito e desígnio. Temos uma inteligência com um maior ou menor coeficiente e temos uma inteligência emocional e espiritual suficiente para sabermos acerca de Deus. Como disse Pascal. “o coração tem razões que a razão desconhece”.
Mesmo o mal, o sofrimento e a dor nos falam de Deus por muito estranho que isso nos soe. Falamos de Quem sabe o que é padecer. Não à distância. Nunca como espetador. Ele visitou-nos no mundo real infestado pela maldade, pelo poder corrupto, inveja, homicídio, guerra, doença, discriminação, racismo, xenofobia e em que a própria ideia de santidade estava conspurcada pelo legalismo e pela hipocrisia. Os representantes de Deus não O conheceram entre nós e mataram-nO. Pensamos que nós faríamos tudo de modo diferente, mas como reagiríamos a quem denunciasse com a Sua vida os nossos segredos, motivações e intenções que escondemos de nós próprios e dos outros. Ele seria considerado hoje como está na ordem do dia, um hacker não informático, mas do nosso mais profundo íntimo. Tornaríamos tudo legal. Criaríamos as leis suficientes para que fosse condenado. Em defesa do nosso sistema e temendo a sua rutura, eliminaríamos a VERDADE em carne e osso. E voltaríamos a tentar prendê-lO à morte e ao túmulo. A história não se repetirá mas paulatinamente caminha para o seu clímax. JESUS VOLTARÁ EM GLÓRIA. A História que Deus delineou desde a eternidade cumprir-se-á e Deus viverá com o Seu povo como o último livro da Bíblia nos apresenta e alimenta a nossa esperança e expetativa. Ninguém, nenhum “dono disto tudo”, nenhuma potestade, nenhuma força, nenhuma arma nuclear ou química, O impedirá.
“Então vi um novo céu e uma nova Terra, porque o velho céu e a velha Terra tinham desaparecido, e o mar também já não existe. E depois vi, eu próprio, a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, esplendidamente bela, como uma noiva no dia do casamento.
E ouvi uma voz muito forte, que vinha do trono, dizendo: “Eis que a morada de Deus é agora entre o seu povo! Ele habitará com eles e eles serão o seu povo. Deus mesmo estará com eles. Limpará de seu olhos toda a lágrima e não haverá mais morte; nem haverá tristeza, nem choro nem dor. Tudo isto pertence, para sempre, ao passado.”
E o que estava sentado sobre o trono disse: “Estou a fazer tudo de novo!” E dirigindo-se a mim acrescentou: “Escreve o que te vou dizer, porque são palavras verdadeiras e dignas de toda a confiança.” E depois disse: “Está tudo cumprido! Eu sou o Alfa e o Ómega, a origem e o fim.” (Apocalipse 21:1-6 – O Livro).
Deus fala-nos na nossa língua, usando a nossa linguagem pela Sua palavra – o maior best-seller de todos os tempos e cuja influência em todos os domínios é impossível de medir. Da mesma forma que a nossa inteligência foi plasmada pela inteligência divina e assim podemos entender Deus, também a capacidade de comunicação nos foi dada para ouvirmos e percebermos o que Deus diz. Se queremos ouvir Deus basta abrirmos a Bíblia e escutarmos o que ela nos diz. Não basta ter a Bíblia na biblioteca, é essencial lê-la e vivê-la. Tudo o que precisamos saber está lá e não nos percamos em especulações interpretativas. Agradecemos a Deus por todos os que foram usados por Ele para meditar e comentar o texto bíblico. Mas verdade seja dita que não há nenhuma interpretação ou intérprete que possa substituir o texto da Bíblia. Pela Palavra inspirada, nesse cânone sagrado, recebemos fé para caminharmos com Deus, é-nos apresentado como fomos criados e o desastre provocado pela desobediência no exercício de uma liberdade que transformámos em prisão. Podemos argumentar que isso não é legítimo, que não está bem estarmos confinados a uma condição pela decisão de outros, mas a realidade é que todos nós decidimos do mesmo modo todos os dias, e podemos fazer o contrário e participar de uma nova realidade que num dia destes se tornará definitiva e plena. A Palavra de Deus é o nosso alimento espiritual e emocional: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mateus 4:4 – O Livro). Ouvimos Deus pela Palavra e falamos com Ele em oração, intercessão, adoração, louvor e ação de graças.
“Porque toda a Escritura é inspirada por Deus e é útil para nos ensinar, para nos repreender, para nos corrigir, para nos instruir no caminho da justiça. Para que todo aquele que pertence a Deus seja reto e perfeitamente habilitado a executar o que é bom.” (2 Timóteo 3:16,17 – O Livro).
Deus nos fala presencialmente na História demolindo todas as barreiras e tomando a forma humana no ventre da virgem Maria. JESUS É A PESSOA CENTRAL DE TODA A BÍBLIA, toda a narrativa desagua Nele e o exalta. Chegamos aqui ao expoente de toda a revelação pessoal de Deus. É o tema por excelência e é a Grande História que a Bíblia nos apresenta. A divisão da nossa história, porque é também a linha de divisão entre o antes e depois de Jesus em nós. Esta a mensagem que distingue o Cristianismo. Deus tornou-se visível e palpável. Um mistério que não conseguimos decifrar. Mas que acolhemos na perspetiva de que somos muito maiores do que pensamos, porque somos geração de Deus e em Jesus somos feitos Seus filhos. Se queremos saber quem Deus é olhemos atentamente para Jesus Cristo. Só há um caminho para chegarmos ao Pai. Foi o próprio Jesus que o disse: “Ninguém pode chegar ao Pai sem ser por mim.” (João 14:6). Não há nenhum triunfalismo da nossa parte. Mas também só podemos viver a vida cristã no gozo desta verdade. Alegramo-nos e regozijamo-nos nesta certeza. A vida de Jesus foi atestada pelo sobrenatural e pelo miraculoso, e ainda hoje o Seu poder se manifesta segundo a Sua soberania. “Os discípulos de Jesus viram-no realizar muitos outros sinais além dos registados neste livro. Estes vêm aqui descritos para que creiam que ele é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo nele, tenhais vida em seu nome.” (João 20:30,31 – O Livro). Não há vida cristã sem o sobrenatural, ela começa de forma sobrenatural e se desenvolve assim. Jesus apresentou-se como EU SOU (o pão da vida; a luz do mundo; a porta das ovelhas; o bom pastor; a ressurreição e a vida; o caminho, a verdade e a vida; a videira verdadeira). Perdoou os pecados e aceitação adoração, curou os enfermos, multiplicou pão e peixe, saciou os famintos, tocou os intocáveis, ressuscitou os mortos. Foi acusado de ser amigo de publicanos e pecadores. “Vim eu, o Filho do Homem, e porque aceito ir a uma festa e beber o vinho que me é oferecido, logo se queixam de que sou comilão e beberrão e de que sou amigo de cobradores de impostos e pecadores!” (Mateus 11:19 – O Livro).
7 EU SOU

“EU SOU o pão da vida” disse Jesus em João 6:34.
“EU SOU a luz do mundo” disse Jesus em João 8:12.
“EU SOU a porta das ovelhas” disse Jesus em João 10:9.
“EU SOU o Bom Pastor” disse Jesus em João 10:11.
“EU SOU a ressurreição e a vida” disse Jesus em João 11:25.
“EU SOU o caminho, a verdade e a vida” disse Jesus em João 14:6.
“EU SOU a videira verdadeira” disse Jesus em João 15:1.
“Nunca ninguém viu a Deus, mas o seu Filho único, que vive na intimidade do Pai, esse revelou.” (João 1:18 – O Livro).
“Anteriormente Deus falou aos nossos antepassados de muitas maneiras por intermédio dos profetas. Agora, nos tempos que vivemos, falou-nos através do seu Filho, a quem deu todas as coisas e por meio de quem criou tudo o que existe. Este reflete a glória de seu Pai e é a imagem perfeita da sua pessoa. Ele mantém todo o universo pela autoridade da sua palavra. Tendo morrido para nos purificar da culpa dos nossos pecados, sentou-se à direita do Deus glorioso, nos lugares celestiais.” (Hebreus 1:1-3 – O Livro).
Por natureza e condição não gostamos do que Deus nos tem a dizer sobre nós próprios e a Sua presença nos mostrou e evidenciou. Somos pecadores. Pecamos. O pecado gera a morte e leva-nos ao inferno. O pior que pode acontecer a um homem é Deus entrega-lo a si mesmo e fazer a Sua vontade. A humanidade divide-se em dois grupos apenas: os que dizem a Deus seja feita a Tua vontade, e aqueles a quem Deus diz, seja feita a vossa vontade (Philip Yancey).
Mas o tratamento para a verdade que Deus nos apresenta custou a Ele o que nós não conseguimos atingir, e que é simultaneamente a dimensão do nosso problema. Deus assumiu o que de modo algum podíamos fazer por nós próprios. Jesus morreu a nossa morte, e Nele somos devolvidos à vida quando nos arrependemos (mudamos de perspetiva e de mente), e nos convertemos a Ele.
Só nos conhecemos a nós próprios quando conhecemos o nosso Criador e Redentor.
Só podemos voltar a ser o que fomos criados para ser quando conhecemos Deus em Jesus Cristo e O aceitamos como Salvador e Senhor.
O que Jesus nos veio proporcionar não é um código ético e moral, antes de tudo o mais e em primeiro lugar. A humanidade já tinha lei moral suficiente para perceber que não consegue viver à altura desses requisitos. Por isso o que nós precisamos é de um Salvador e Redentor. Para essa salvação e redenção Jesus morreu e ressuscitou. Quando O recebemos somos mudados interiormente. A isso Jesus chamou de novo nascimento numa conversa com um líder religioso, escrupuloso em todos os requisitos da lei. “É realmente como te digo: quem não nascer de novo não pode ver o reino de Deus:” (João 3:3 – O Livro). E o apóstolo Paulo que foi um religioso militante e radical escreveu: “Se alguém está ligado a Cristo transforma-se numa nova criatura; as coisas antigas passaram; tudo nele se fez novo!” (2 Coríntios 5:17 – O Livro).
Aqui reside a intransponível diferença entre a religião qualquer que ela seja e a pessoa de Jesus Cristo. A religião é o esforço do homem para alcançar a Deus, e Jesus Cristo é Deus tomando a iniciativa para se dar a conhecer pessoalmente. A religião diz faça, e Jesus Cristo diz-nos está feito. A religião considera que alcançamos a bem-aventurança futura através das boas obras, e em Jesus Cristo somos salvos por meio da GRAÇA. Graça é o conceito que distingue o evangelho como boa notícia. “Porque pela sua graça é que somos salvos, por meio da fé que temos em Cristo. Portanto, a salvação não é algo que se possa adquirir pelos nossos próprios meios: é uma dádiva de Deus. Não é uma recompensa pelas nossas boas obras. Ninguém pode reclamar mérito algum nisso. Somos a obra-prima de Deus. Ele criou-nos de novo em Cristo Jesus, para que possamos realizar todas as boas obras que planeou para nós.” (Efésios2:8-10 – O Livro). Deus propício em relação à humanidade mediante a cruz. A partir dessa experiência salvífica em que somos feitos uma nova criação, há uma nova vida a ser vivida. Aqui a ética e a moral são vistas de um modo diferente. A vida cristã resulta do novo homem refeito em Jesus Cristo e no poder do Espírito Santo. O modelo e o padrão são de uma inexcedível exigência: “Vocês, porém, devem ser perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”. (Mateus 5:48 – O Livro), sobre o mandamento de amar os próprios inimigos. Só assim estamos qualificados para resistirmos à pressão da sociedade, da velha natureza e dos poderes do mal.
“Por isso, quero avisar-vos, em nome do Senhor, que não andem mais como os gentios que deambulam em pensamento ilusórios. Os seus entendimentos estão obscurecidos; a sua ignorância das coisas espirituais e a sua insensibilidade à voz divina afastou-os da vida de Deus. Tendo feito calar a voz das suas consciências entregaram-se a tudo o que é imoralidade, procurando com avidez satisfazer os seus desejos corruptos.
Mas esse não é o caminho que Cristo vos ensinou! Se prestaram ouvidos à sua voz, sabem bem como em Jesus está a verdade, e foi nela que foram instruídos. Vocês foram ensinados, relativamente à forma de vida que levavam anteriormente que se devem desfazer dessa velha natureza que vai apodrecendo na sua própria imoralidade, nas suas ilusões. E que o vosso entendimento se deve renovar nas atitudes a tomar na vida. Devem revestir-se do novo homem que é criado por Deus e que se manifesta na verdadeira justiça e santidade.
Por isso, deixem a mentira e falem a verdade com os outros, porque somos membros de um só corpo. Não pequem, deixando que a ira vos domine. Antes que o dia acabe, coloquem um fim à vossa irritação. Não deem ocasião para que o Diabo encontre meio de vos fazer cair. Aquele que roubava ou que explorava fraudulentamente pare com isso de uma vez. Trabalhe e ganhe a vida pelos seus próprios meios, honestamente, de forma até poder ajudar outros menos favorecidos.
Não saia da vossa boca nenhuma palavra suja; que tudo o que for dito sirva de ajuda e encorajamento para aqueles que vos ouvem. Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, o qual vos marcou com um selo, como garantia da vossa redenção. Façam desaparecer do vosso meio todo o mau humor, assim como a cólera, a ira, as discussões, tal como as injúrias e as revoltas rancorosas. Em vez disso, sejam amáveis e compassivos uns para com os outros, perdoando-vos mutuamente, como Cristo também vos perdoou. (Efésios 4:17-32 – O Livro).
A experiência do amor de Deus em Jesus Cristo é ainda mais saliente quando nos é apresentada através do apóstolo que foi um dos maiores perseguidores religiosos da Igreja nascente. Porventura alguém que não conhecia esta realidade ou para quem essa realidade estava envolta e distorcida pelas lentes da letra que mata e não do Espírito que vivifica. Ao escrever aos Efésios a sua oração ressoa de um modo que não nos deixa indiferentes e nos estimula a caminharmos nessa relação pessoal que nos leva às alturas e às profundidades desse amor único e singular. Como seria o nosso mundo se essa fosse a oração vivida de cada um dos cidadãos. Assim deve ser a Igreja de Jesus Cristo. O conhecimento de Deus só acontece nesta dimensão. Não podemos fazer nada para que Deus nos ame mais, nem nada para que nos ame menos (Philip Yancey).
“E o pedido que lhe faço é que, segundo os seus recursos gloriosos, vos fortaleça poderosamente no vosso interior pelo Espírito; e que Cristo, devido à vossa fé nele, habite cada vez mais nos vossos corações. E então, bem estabelecidos e enraizados no amor de Deus, poderão, em comunhão com todos os crentes, compreender com clareza o significado do amor de Cristo para convosco, em toda a sua dimensão: extensão, profundidade, vastidão e altura. Que possam experimentar esse amor, ainda que ultrapasse toda a compreensão. E assim ficarão cheios de toda a plenitude da presença de Deus.
Àquele que, pelo poder que atua em nós, é capaz de tudo realizar muito para além do que pedimos e pensamos, a ele seja dada glória na igreja, e em Cristo Jesus, através de todas as gerações, para todo o sempre! Amém! (Efésios 3:16-21 – O Livro).
Depois da Sua partida Jesus nos deixou o Espírito Santo para habitar em cada um dos Seus seguidores como Consolador e Ajudador, e esse Pentecostes em que as maravilhas de Deus foram faladas em cada uma das línguas presentes em Jerusalém, continua. “Todos ouvimos estes homens contar nas nossas diversas línguas os poderosos milagres de Deus!” (Atos 2:11 – O Livro). A nossa vida não foi trazida à existência para a vivermos sozinhos. Ela foi criada para ser vivida com o seu Criador. No dia 30 de agosto no Jornal Público, a jornalista Bárbara Wong escrevia: A solidão é o nosso maior medo. Qual é o nosso maior medo? A morte (a nossa ou a dos que amamos), a doença, a pobreza, a desumanidade… As respostas ao Questionário de Proust têm passado muito por aqui e Maria do Céu Antunes, a ministra da Agricultura, acrescenta outra, sinónimo de todas estas: “A solidão.” Com Deus nunca estamos sozinhos porque passamos a ser o templo móvel da Sua presença, mas também somos parte da Sua família a que Jesus chamou de Igreja. É impressionante pensar que Deus nos criou para sermos Sua habitação, e para vivermos com Ele eternamente. “Há muitas moradas onde vive o meu Pai e vou aprontá-las para a vossa chegada. Quando tudo estiver pronto, então virei para vos levar, para que possam estar sempre comigo onde eu estiver.” (João 14:2 – O Livro).
Em Jesus temos uma dupla revelação de Deus e de nós como humanidade. Fomos criados para ser como Ele e vivermos a qualidade de vida espiritual e emocional que Ele viveu, a ética e moral que Ele viveu de forma espontânea e (sobre)natural. Em Jesus temos o contraste entre o que fomos criados para ser e no que nos tornámos, mas também no que viremos a ser Nele agora e na eternidade. Se Ele conseguiu viver assim nós também o conseguiremos. Nele temos a garantia de uma nova vida ressurecta e glorificada.
Este é um conhecimento que nunca nos deixará iguais. Não é uma filosofia de vida. É a própria vida. Jesus é a REALIDADE a que somos convidados e convocados.
COMO COMPARTILHAR O CONHECIMENTO DE DEUS, numa nota final e essencial, porque o conhecimento de Deus não é para mantermos em segredo, não é para uma pequena elite de eleitos nem para um clube fechado de iluminados. Poderemos mesmo dizer que não é possível que assim aconteça. De qualquer jeito, através de todos os meios DEUS SE FAZ CONHECER E SE TORNA CONHECIDO. Mesmo nos regimes mais fechados, quando alguns ditadores julgam que O podem fechar às 7 chaves, ou quando religiosos de qualquer matriz querem colocar Deus numa jaula ou numa caixa enfeitada, Deus irrompe e vai para onde sempre pretende estar – na praça pública. Não há templo de pedra e vitrais que O possa conter. É nosso privilégio dar a conhecer Deus e o modo que melhor condiz com a Sua natureza e modo de agir, é através da nossa vida, e na expressão do amor de uns para com os outros. A VIDA COMO UM TODO, na sua inteireza e sem fragmentações, libera o conhecimento de Deus.
“Assim, dou-vos agora um novo mandamento: que se amem uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim devem amar-se uns aos outros. O vosso amor uns pelos outros provará ao mundo que são meus discípulos.” (João 13:34, 35 – O Livro).
FOI ASSIM QUE A IGREJA SE AFIRMOU NA PRÁTICA DO BEM COM A PROCLAMAÇÃO DE JESUS CRISTO, NO ARREPENDIMENTO E CONVERSÃO. “Recomendando-nos, em todo o caso, que nos lembrássemos dos mais desfavorecidos, o que sempre procurei fazer com toda a dedicação.” (Gálatas 2:10 – O Livro). “Não nos cansemos então de fazer o bem, porque a seu tempo viremos a recolher muitas bênçãos, se formos perseverantes. E assim, sempre que tenhamos oportunidade, pratiquemos o bem para com todos, mas primeiramente para com os que têm a mesma fé que nós.” (Gálatas 6:10 – O Livro). “Como sabem, os líderes entre os gentios dominam entre eles e os grandes tratam-nos autoritariamente. No vosso meio, porém, não será assim. Quem quiser ser grande no vosso meio será vosso servo. E quem quiser ser o primeiro no vosso meio será como vosso escravo. A vossa maneira de proceder deve ser a mesmo do Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgate de muitos.” (Mateus 20:25-28 – O Livro). Mateus 25:31-46.
NÃO HÁ VOCAÇÃO MAIOR DO QUE CONHECER E DAR A CONHECER O DEUS TRINO – PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO, em tudo o que somos e em tudo o que fazemos.
“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR: como a alva a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” (Oseias 6:3 – JFA)
Samuel R. Pinheiro

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