Jesus, Maomé e Buda sentaram-se a falar…

Jesus, Maomé e Buda sentaram-se a falar…

Ricardo Rosa

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…e basicamente chegaram todos à mesma conclusão. Se os
três se apresentam como máximo exemplo de vida ou como
mensageiros de Deus, então alguma coisa não bate bem.
Começaram então a debater alguns pontos para ver onde chegava: pecado,
unidade com Deus, etc. Jesus deixou-os falar…
BUDA… QUE ALGUÉM TE ACUDA!
Uma das coisas que havia que resolver, era a questão do pecado. Sim, porque
o pecado é uma coisa séria e não se resolve com brincadeiras. Afeta a toda a
Criação de Deus, mesmo tendo sido ela a meter-se nessa alhada. A questão é
que Deus ama tanto o ser humano, que não o quer deixar separado de Si e
perdido pela eternidade. Para Buda, a coisa resolve-se com uns quantos ciclos
de reincarnações (tipo máquina de lavar roupa, chamado Samsara), no qual o
que fazes tem sempre uma reação (Karma) e que só acaba quando te libertas
de todas as coisas que te “prendem” ao mundo que te rodeia através da
meditação e de uma vida de desprendimento. A isso chama-se o Nirvana. Uma
ideia muito gira, mas sem Deus na equação, com todo o esforço no Homem e
com um problema. Jesus pensou para Si, lemos nas Escrituras que “está
determinado que os seres humanos morram uma só vez” (Hebreus 9:27,
OL). Portanto, nada de reincarnar.
MAOMÉ NÃO VAI À MONTANHA, NEM A LADO NENHUM COM ESTA
CONVERSA…
.
Maomé começou a rir-se e explicou a Buda que não é assim que se resolve a
questão do pecado. Disse que quando um homem morre, já não pode voltar,
porque é o que está escrito no Livro (que é o que os muçulmanos chamam à
Bíblia). Por isso, o que há a fazer é orar e ler o Alcorão. Mas antes disso, um
muçulmano tem que se purificar, fora o cumprir o Ramadão. E para isso, tem
que se limpar com água (o Wudu). E isto é para os pecados “pequenos”. Para
os “grandes”, o assunto só se resolve com peregrinações (a Hajj) ou o
pagamento de um imposto (Zakat). Mais uma vez, esforço humano… E desta
vez, não se alcança o perdão do pecado com meditação ou desprendimento.
Para Maomé, o que a sua visão errada de Allah (porque os cristãos que moram
em países árabes chamam Allah a Deus, como os norte-americanos Lhe
chamam God ou os franceses Dieu) quer é sacrifício, esforço e medo para que
não falhem nada.
Ai deles! E lançado que nem um carapau, Maomé continua… diz que o Livro foi
deturpado, que o Alcorão é que é a grande revelação de Allah para o ser
humano e que ele (Maomé) é que é o seu verdadeiro profeta e todos os outros
são inferiores, que Jesus não morreu na cruz (tinha fugido antes) e que o que
Allah queria era espalhar um novo “evangelho” de amor (que por sinal se
espalhava com guerra). Perplexo, Jesus lembrou-se do que Paulo escreveu se
alguém “…anunciar um evangelho diferente daquele que receberam, seja
maldito!” (Gálatas 1:9, BPT). E o Evangelho que ele transmitiu é o que Jesus
pregou. Não o que Maomé diz ter recebido. E escreveu mais ainda! Por causa
da Sua morte, lê-se “…nós acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou…”
(1ª Tessalonicenses 4:14, BPT) e “De facto, Deus ressuscitou o Senhor
Jesus…” (1ª Coríntios 6:14, BPT). Como é que alguém que se dizia
mensageiro de Deus, podia estar tão errado acerca Dele?
OIÇAM A VOZ DE JESUS!
Foi então que Jesus decidiu tomar a palavra. Afinal, dos três ali sentados à
sombra da figueira, era o único que não tinha falado e ouvia com amor e
paciência o que Buda e Maomé diziam. “No princípio era a Palavra. A
Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus.” (João 1:1, BPT), disse
Jesus. “Aquele que é a Palavra era a luz verdadeira; Ele ilumina toda a
gente ao vir a este mundo. Ele estava no mundo, mundo que foi feito por
ele. O mundo não o conheceu. Ele veio para o seu próprio povo e o seu
povo não o recebeu. Mas a todos quantos o receberam, aos que creem
nele, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram
de laços de sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do
homem, mas nasceram de Deus.” (João 1:9-13, BPT), continuou Jesus. “Na
verdade, o Filho do Homem veio buscar e salvar os que estavam
perdidos.” (Lucas 19:10, BPT), disse Ele sobre a Sua missão, e como que
respondendo a Maomé disse “Não há maior amor do que dar a vida por
aqueles a quem se ama.” (João 15:13, BPT). Maomé engoliu em seco…
afinal, a melhor maneira de mostrar que se amava alguém não era matar para
espalhar esse “amor”. E quando se preparava para falar das boas obras que
fez e defender o mérito que ele e Buda tinham, ouviu novamente Jesus: “Deus
conhece-vos bem, mesmo que pretendam passar por bons. Pois aquilo
que para os homens tem muito valor, nada vale para Deus.” (Lucas 16:15,
BPT), “Ouviram o que foi dito: Amarás o teu próximo e desprezarás o teu
inimigo. Mas eu digo-vos: Tenham amor aos vossos inimigos e peçam a
Deus por aqueles que vos perseguem. É deste modo que se tornarão
filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz brilhar o Sol tanto
sobre os bons como sobre os maus, e faz cair a chuva tanto para os
justos como para os injustos.” (Mateus 5:43-45, BPT). Como? As
purificações, as peregrinações, os impostos, não valia nada? Então e como é
que alguém é salvo se pecar? “Jesus olhou para eles e garantiu: Isso, de
facto, para os homens é impossível, mas para Deus todas as coisas são
possíveis.” (Mateus 19:26, BPT), “o Filho do Homem não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida para resgate de muitos” (Marcos
10:45, BPT).
Maomé mostrava-se inquieto e irritado. Como é que alguém que não era “o”
mensageiro certo lhe podia dizer aquelas coisas? Buda ouvia e por mais
passivo que tentasse ficar, pensava apenas que se o seu esforço não valia de
nada, afinal ele não era o iluminado. Não era o Buda e o seu problema não
estava resolvido. Jesus continuando falou sobre o jejum para dar um toque ao
assunto do Ramadão.: “Quando jejuarem não andem de cara triste, como
as pessoas fingidas, que até desfiguram a cara para toda a gente ver que
andam a jejuar. Garanto-vos que essas pessoas já receberam a sua
recompensa. Mas tu, quando jejuares, lava a cara e penteia-te bem. Deste
modo, ninguém saberá que andas a jejuar, a não ser o teu Pai que está
presente sem ser visto. Ele, que vê tudo o que se passa em segredo, te
dará a recompensa.” (Mateus 6:16-21, BPT). Chegou! Rebentou a bolha!
Maomé diz que Jesus não morreu e que é falso. Mas com amor, Ele
respondeu: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos, estende a tua mão
e mete-a no meu peito. Não sejas descrente! Acredita!” (João 20:27, BPT).
Foi demais, Maomé levantou-se, brandiu a espada e saiu irritado a barafustar.
Buda também se levantou, desiludido porque era apenas um homem, centrado
nele mesmo e não nos outros, desapareceu caminhando em silêncio…
Confúcio, que esteve escondido numas rochas ali perto, com Brahman e uma
série de outras personagens, saíram cabisbaixos e silenciosamente. Nenhum
tinha vindo para dar a sua vida, nenhum mostrava tamanho amor…
Enquanto Jesus descansava debaixo da figueira, um grupo de adolescentes
veio ter com Ele. Uns tinham problemas com os pais, outros com álcool, outros
com drogas, outros não sabiam bem o que fazer com situações que envolviam
sexo, outros sentiam-se lixo. Tinham estado escondidos também, atentos à
conversa, à procura de um mestre a quem seguir. “O que temos que fazer para
que vivermos mais às escuras”, Jesus respondeu: “Eu sou a luz do mundo.
Quem me seguir deixa de andar na escuridão e terá a luz da vida.” (João
8:12, BPT), “Jesus começou então a ensiná-los desta maneira: felizes os
que têm espírito de pobres, porque é deles o reino dos céus…” (Mateus
5:2,3 BPT)

QUE RESPOSTA?

QUE RESPOSTA?

RicardoRosa_3Ricardo Rosa

A Igreja enfrenta hoje um mundo complexo. A sociedade que Paulo, Pedro e João conheceram (ou melhor, as sociedades, pois os dois primeiros passaram por Jerusalém e Roma, pelo menos), são hoje uma espécie de revivalistas onde o avanço tecnológico impera e onde ainda se mantêm ligações às velhas crenças e fés. A sociedade em si, pode parecer à primeira vista, totalmente distinta. Há mais e melhores condições de vida, o analfabetismo é hoje muitíssimo mais baixo, a esperança média de vida aumentou, a “libertação” social da mulher ocorreu e a era do rompimento com os valores tradicionais impera.

Há sem dúvida uma mudança, mas será essa mudança a causa de uma diferenciação tão grande?
Será que Roma ainda é o “centro” do mundo?
E Jerusalém, será que ainda é o berço da fé cristã e o bastião do judaísmo?

Sim e não. Na verdade, existe uma transformação social, mas existe claramente uma espécie de procura inconsciente (?) do que eram os valores dessas mesmas sociedades. E é a isto que a Igreja hoje precisa de responder…

Que resposta daremos? Ou melhor, que perguntas nos são colocados e como nos vamos posicionar para responder?
As badaladas questões de género e sexo, o rompimento com o monoteísmo no qual Deus é o centro da vida individual e coletiva, questões chamadas “fraturantes” como a legalização ou a “oferta” de “serviços” como o aborto e a eutanásia, a legitimização da venda do corpo humano como ferramenta de prazer, a legalização do consumo de vários tipos de estupefaciantes… como vamos responder a tudo isso, sabendo que somos chamados a explicar as razões da nossa fé quando inquiridos (1ª Pedro 3:15)?

Por vezes, creio eu, somos idealistas e consideramos que explicar a fé que professamos, aquela que um dos irmãos do Senhor (Judas 1:3) apela a que seja motivo de combate (não bélico, mas espiritual), é uma fé triunfalista e igual à que estamos acostumados a ver em vários filmes de cariz “gospel”. Por outro lado, há quem faça da fé cristã uma fé económica e onde os “milagres” são comprados, onde a “maldição” é lançada sobre quem não contribui para a instauração do “reino” de um deus que é comercializado.

Que resposta damos, enquanto cristãos convictos e zelosos da graça e da fé, às questões que a sociedade nos coloca diariamente? Como manifestamos a graça e a irmandade em Cristo entre nós? Será que se Paulo hoje fosse vivo, não nos escreveria para colocar “em ordem”, vários dos nossos comportamentos? Procuramos nós imitar Cristo ou procuramos imitar uma falsificação de Cristo, ofertada por uma virtualidade assente em espiritualidade das redes sociais? As pregações no YouTube, os soundbyters nos tweets e os posts do Facebook e Instagram.

Como mostramos que somos sal e luz, quando deixamos a Igreja desvanecer na escuridão caótica que é a humanidade sem Cristo e onde Deus é tirado do centro, para ser substituído por todo o tipo de dependência e desejo? Com que moral criticamos o Israel resgatado da servidão do Egipto, quando cometem erros e desobedecem, se hoje tendo na mão as Sagradas Escrituras e sendo templos onde habita o Espírito Santo, não nos contemos em desobedecer e muitas vezes de modo premeditado, calculista e interesseiro?

Precisamos de regressar urgentemente ao modelo eclesiástico de Atos 2:42-47, onde todos tinham tudo em comum, onde a oração e o ensino estavam presentes e eram pilares da vida pública, de onde a Igreja nunca se deve ausentar ou permitir que seja forçada a sair? Num combate não com armas seculares ou ao estilo miliciano/revolucionário, mas numa atitude como aquela demonstrada pelo Senhor e por todos os mártires que têm dado a vida pela fé. Um combate espiritual e contra nós mesmos em primeiro lugar. O combate que o espírito trava contra o ego, a vontade de absentismo na comunhão dos santos, a ideia de meritocracia que se instaura no nosso ser, na qual por sermos XPTO consideramos que Deus e os outros nos devem vassalagem e subserviência…

Que resposta daremos a Deus, quando chorarmos lágrimas pelo afastamento e morte espiritual da nossa descendência, porque nos viu cansados, desgastados, irados, murmuradores, maquinadores de ruindade e antipatia? Que resposta daremos aos nossos filhos quando ouvirmos que o “nosso” Deus é um deus menor porque não cuidámos da nossa primeira igreja, a família, para nos gastarmos e deixarmos gastar enúmeras vezess dando pérolas a quem não as estima? Que resposta daremos aos divórcios, burnouts, afastamentos da vocação e outros tantos, que são vistos e que resultam tantas vezes da falta de ensino, discipulado, amor ao próximo, confissão, arrependimento ou recuperação?

Que resposta daremos a Jesus se Ele nos mostrar as mãos e o lado perfurados, questionando se a Sua morte e ressurreição não bastam para nos lançarmos diante de Deus em adoração, gratos por Ele mesmo ter solucionado o dilema caótico do pecado do Éden?

Afinal, quem somos nós? Somos aqueles que seguiram Jesus e vieram a Ele desde a Síria para O ver e ouvir (Mateus 5-7) ou somos como aqueles que clamaram ter curado e feito milagres no Seu nome, mas que na verdade desconheciam as Escrituras e o poder de Deus, não tendo sido transformados pela ação do Espírito Santo, mas desejando como Simão o Mago, pagar para ter o mesmo “poder”?

Quando se aproxima a celebração da natividade de Nosso Senhor, quem somos nós?

só JESUS / QUEM MUDOU MAIS O MUNDO?

só JESUS

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Nenhum de nós sabe quantos segundos, minutos, horas ou dias vai viver neste planeta e nesta caminhada. Importa que retiremos o melhor da existência em cada segundo, minuto, hora ou dia. Não falo de quantidade… falo de qualidade! O meu testemunho pessoal é que o melhor da vida se vive em JESUS e através de JESUS, que nos apresenta o Pai e o Espírito Santo na Sua vida e que será enviado, e dá testemunho das Escrituras de Génesis a Apocalipse, do primeiro ao último livro. O melhor da vida vive-se no Criador da vida e em Quem é a própria vida, como JESUS declarou: “Eu sou a vida”. Não apenas Quem dá vida, mas a própria vida. Pessoalmente não estou interessado numa filosofia, numa religião, numa ideologia, até mesmo numa ética ou moral, antes de tudo o mais é a pessoa de JESUS que me atrai, seduz, convoca, desafia… e n’Ele temos a essência para a qual fomos criados, e o caminho para chegar lá… Ele disse: eu sou o caminho. Dessa essência decorre a ética e a moral, as escolhas e as decisões, a consciência e a vontade. Muito mais do que regras, mas a natureza…

 

Podemos perguntar como isso é possível na medida em que JESUS já não está aqui connosco fisicamente. A realidade espiritual é tão presente como a realidade física, emocional, afetiva, mental, da consciência e da vontade. Na Bíblia, particularmente no Novo Testamento e nos 4 evangelhos que o abrem, temos uma apresentação histórica da Sua pessoa e do Seu ensino, bem como do modo como morreu e das testemunhas oculares que O viram vivo. Seguindo os Seus ensinos encontramos a vida que Ele mesmo é. Uma nova vida que é chamada de eterna porque começa aqui e nunca mais acaba em extensão e qualidade. Depois Jesus prometeu que enviaria o Espírito Santo que nos ilumina para compreendermos a pessoa e o ensino de JESUS, e experimentarmos a mudança sobrenatural que Ele veio alcançar para todos os que O recebem. A vida de JESUS não é para ser vivida a sós, mas na igreja que Ele veio implantar e da qual é fundamento. Cada igreja local é uma comunidade e uma família, um templo no qual Deus habita, assim como cada um de nós habitado pelo Espírito. Em tudo nessa vida nova o Pai envolve-nos com o Seu carinho.

 

Em nenhuma outra pessoa encontramos a melhor origem, as melhores segundas oportunidades, o melhor processo, o melhor modelo, o melhor coach, o melhor suporte, o melhor amparo, o melhor estímulo, a melhor motivação, o melhor projeto, a melhor integração entre todas as dimensões do nosso ser, o melhor fim e a melhor nova era. Começar com Deus e continuar com Ele por toda a eternidade, através de JESUS, a única “ponte” que nos leva ao Pai. “Ninguém vem ao Pai”, diz JESUS, “senão por mim”. Não se trata apenas de ir a Deus, mas de ir ao Pai (João 14:6) e de receber o Espírito Santo (João 15:26).

 

Saborear a vida inclui os sabores dos relacionamentos, do afeto e do carinho, da atenção e do cuidado, da presença com palavras e em silêncios… sabores acres das tempestades, das provações, dificuldades, conflitos, desalentos, abandonos… sabores da natureza e dos seus múltiplos odores; das artes que recriam o mundo à nossa com a criatividade e a inovação, a individualidade de cada artista, das cores, das técnicas… os sabores da gastronomia…

 

Não vivemos para comer ou beber, nem para outros prazeres, mas vivendo JESUS apreciamos cada uma dessas dádivas divinas, colocando-as no devido lugar, e integrando-as no mistério da criação em que não percebemos tudo. Não temos efetivamente de perceber tudo, mas isso não nos impede que tentemos perceber o mais possível, definindo e redefinindo o nosso saber!

 

Não sei quando será o último abraço, o último olhar apaixonado, a última irritação… não sei quando será o último texto e é por isso que o sentido de urgência me obriga a mostrar JESUS em tudo, porque Ele de facto faz parte de tudo como Criador e Redentor, Filho de Deus e Irmão de uma multidão incontável de irmãos, feitos n’Ele filhos de Deus.

 

Esse sentido de urgência tem de ver com tirar o melhor partido da vida em tudo, mas esperar o ainda melhor de tudo na eternidade! Um dia destes sei que vou morrer, mas isso não me amedronta, porque vivo a minha vida diária com Aquele que ressuscitou e venceu a morte. Uma vez mais digo que o meu testemunho pessoal evidencia que JESUS integra toda a minha pessoa: espírito, emoções, afetos, vontade e corpo, e sublima o seu todo no tempo e para a eternidade.

 

A única forma de saber é conhecer e experimentar… ler os evangelhos e todo o Novo Testamento em primeiro lugar, e todas as restantes Escrituras sempre à luz da pessoa de JESUS!

 

O apóstolo Paulo escreve inspirado pelo Espírito Santo: E se a nossa esperança em Cristo é unicamente para esta vida nós somos as pessoas mais miseráveis no mundo.” (1 Coríntios 15:19 – O Livro).

 

A minha vida não tem sido propriamente um mar de rosas, ou se o tem sido tem tido alguns espinhos. Luto há cerca de 20 anos com uma doença oncológica. Conheço o sofrimento, os medos, ansiedades, depressões, angústias… mas aprendi que Deus nos salva nas e das situações. Já experimentei as duas realidades. Já vi milagres na minha vida e da minha família! O nascimento da minha filha é um deles. Um acidente na Serra da Estrela em que o carro em que viajávamos em família capotou e ficou entalado entre um penedo e uma árvore secular, com o tejadilho rasgado longitudinalmente por uma laje granítica de águas pluviais, e do qual saímos ilesos. Durante a minha infância e adolescência diversas vezes corri risco de vida como asmático.

 

Nunca encontrei melhor proposta do que JESUS… Ele não tem comparação… as Suas exigências são absolutas… o Seu amor e perdão são incondicionais no quadro do arrependimento e conversão…

 

UM SÓ DEUS. Se na parte da Bíblia anterior ao nascimento de Jesus, denominada de Velho ou primeiro Testamento, ou Escrituras hebraicas (depende da nomenclatura), encontramos a revelação de um só Deus desde a abertura no livro de Génesis, e também evidências das três pessoas divinas – Pai, Filho e Espírito Santo, no Novo Testamento essa revelação é clara. Na vida de Jesus temos então a evidência da presença e ação conjunta do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Jesus Cristo, o Filho de Deus feito Homem, declara que ninguém vem ao Pai senão por Ele e que quem O vê, vê o Pai (João 14:6,9); e lendo o profeta Isaías na sinagoga de Nazaré sobre Si assume o cumprimento profético: o Espírito do Senhor está sobre mim (Lucas 4:16-21).

 

“INTÉRPRETE” DIVINO como cem por cento Deus e cem por cento Homem, Jesus mostra-nos quem Deus é, leva-nos ao Pai e dá-nos o Espírito Santo. Na mesma pessoa coabitam a essência divina e a humana enquanto Deus feito Homem, e assim podemos simultaneamente conhecer ambos – o Criador e a criatura (não criada mas gerada pelo Espírito Santo). A origem do desastre humano começa em considerar que Deus é mentiroso, inimigo do homem e da sua felicidade, um obstáculo ao seu desenvolvimento e crescimento. Em Jesus encontramos a harmonia entre o Criador e a criatura, entre Deus e o Homem. Jesus reconcilia o homem e/com Deus. A mentira do diabo que cria o inferno acabou. Jesus disse de si mesmo – eu sou a verdade! A mentira foi desmentida em e por JESUS! Uma vez mais não falo de religião, de ideologia, filosofia… falo de JESUS, de quem Ele é, de como viveu, do que ensinou, da razão pela qual morreu, de que ressuscitou e prometeu voltar, e do modo como Ele nos chama para vivermos de acordo com essa nova realidade que veio trazer, para fazer a diferença agora, esperando uma nova ordem fundada n’Ele e sob o Seu governo de amor, liberdade, verdade, graça e santidade!

 

NOME MAIOR. A revelação do Espírito Santo sobre Jesus Cristo assevera de modo taxativo, sem qualquer hipérbole, que o nome de JESUS é inigualável e insuperável. A primeira declaração é encontrada nos lábios do apóstolo Pedro, quando ele e João foram presentes ao Sinédrio, o tribunal religioso judaico, por causa da cura de um coxo de nascença à porta do templo, chamada Formosa; e no escrito que Paulo dirigido pela primeira vez à igreja em Filipos:

Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: “Líderes e anciãos do povo: se se referem ao bem praticado naquele coxo que foi curado, deixem que vos diga claramente, a vós e a todo o povo de Israel que tal ato foi feito em nome e pelo poder de Jesus de Nazaré, o Cristo, o homem que crucificaram, mas que Deus ressuscitou. É pela sua autoridade que este se encontra aqui curado! Pois Jesus é: ‘A pedra que vocês, os construtores, rejeitaram veio a tornar-se a pedra fundamental do edifício!’

Em mais ninguém há salvação! Debaixo do céu não há outro nome que as pessoas possam invocar para serem salvas.” (Atos 4:8-12 – O Livro)

 

Que haja em vocês a mesma atitude que houve em Cristo Jesus. Sendo por natureza Deus, no entanto, não reivindicou para si o ser igual a Deus, mas desfez-se das suas regalias próprias, assumindo a forma de um escravo e a semelhança humana. E, encontrando-se nessa condição, humilhou-se a ponto de se sujeitar voluntariamente à morte; não a uma morte vulgar, mas à morte da cruz. Por isso mesmo, Deus o elevou às posições mais altas e lhe deu um nome que é superior a todos os nomes, de tal forma que, em honra desse nome, virão a ajoelhar-se todas as criaturas tanto no céu, como na Terra, como ainda debaixo da Terra. E todos, igualmente, reconhecerão que Jesus Cristo é Senhor, o que será mais uma glória para Deus, o Pai! (Filipenses 2:5-11 – O Livro)

 

SERVO. Se há algo que me impressiona em JESUS é a Sua afirmação de que não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos. As palavras do Filho de Deus acontecem depois de um pedido inusitado de Salomé, irmã de Maria, mãe de Jesus, relativamente aos seus filhos Tiago e João, primos de Jesus, que irritou os restantes discípulos: Quando os outros dez discípulos souberam disto, ficaram indignados com os dois irmãos. Mas Jesus reuniu-os e disse: ‘Como sabem, os líderes entre os gentios dominam sobre eles e os grandes tratam-nos autoritariamente. No vosso meio, porém, não será assim. Quem quiser ser grande no vosso meio será vosso servo. E quem quiser ser o primeiro no vosso meio será como vosso escravo. A vossa maneira de proceder deve ser a mesma do Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgate de muitos.’” (Mateus 20:24-28 – O Livro). É bem conhecida a narrativa de JESUS a lavar os pés dos discípulos e a recusa pronta do apóstolo Pedro, ao que JESUS respondeu que se não o permitisse não teria parte com Ele. Terminado o momento a aplicação veio de seguida: Depois de lhes ter lavado os pés, tornou a vestir a túnica, sentou-se e perguntou-lhes: ‘Compreendem o que eu fiz? Chamam-me Mestre e Senhor, e fazem bem, porque é verdade. E uma vez que eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também devem lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo! Façam como eu vos fiz! É realmente como vos digo: o servo não é maior do que o seu senhor, nem o mensageiro maior do que quem o enviou! Agora que sabem estas coisas, serão felizes se as praticarem.’” (João 13:12-17 – O Livro)

 

DEUS MORREU. Gritava na praça o louco de Friedrich Nietzsche. Foi o princípio de um desastre que vem até aos dias de hoje e um dia destes vai terminar. Foi morto na natureza humana. O homem ficou corrompido na sua natureza recebida diretamente de Deus, em imagem conforme a semelhança. No tempo determinado pelo próprio Criador, JESUS veio. Veio para morrer, embora os homens o tenham morto, foi o próprio que deu a Sua vida. Em JESUS somos feitos filhos de Deus. Temos de volta a natureza divina, na qual fomos feitos participantes. Há uma parábola de JESUS que traduz em parte este drama histórico, em relação ao próprio povo de Deus e aos religiosos, que vai terminar num futuro que só o Pai conhece, conhecida como “a parábola dos rendeiros”:

E começou a contar ao povo a seguinte parábola: “Um homem plantou uma vinha, arrendou-a a uns lavradores e partiu em viagem por longo tempo. Na época devida, enviou um dos seus servos ir receber a sua parte da colheita da vinha. Os rendeiros, porém, espancaram-no e mandaram-no embora de mãos vazias. Então enviou outro, mas espancaram-no e trataram-no mal; espancado e insultado, viu-se expulso sem nada receber. Enviou ainda um terceiro homem; eles feriram-no e escorraçaram-no. Dizia o dono da vinha: ‘Que farei agora? Vou enviar o meu filho querido; certamente hão de respeitá-lo.’ Mas quando os lavradores viram o filho, disseram: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e a herança será nossa!’ Arrastaram-no para fora da vinha e mataram-no. Que fará o dono da vinha? Digo-vos que virá e matará os lavradores e arrendará a vinha a outros.” “Esses homens nunca fariam uma coisas dessas!”, protestaram os ouvintes. Jesus olhou-os e respondeu: “Então que quererão dizer as Escrituras ao afirmarem o seguinte? ‘A pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se a pedra fundamental do edifício!’ Quem tropeçar nessa pedra será feito em pedaços e aqueles sobre quem ela cair serão esmagados.” Os especialistas na Lei e os principais sacerdotes procuraram prendê-lo nesse preciso momento, pois perceberam que aquela parábola se referia a eles. Mas tinham medo do povo. (Lucas 20:9-19 – O Livro)

 

EU SOU DEUS.   “E para vos abrir completamente o meu coração, amigos meus, dir-vos-ei: Se existissem deuses, como suportaríeis não serdes Deus? Portanto não há deuses.”
(NIETZSCHE, Frederico. Assim Falava Zaratustra. Editorial Presença. Lisboa: 1978. p. 91). Falando de si mesmo penso que Nietzshe colocou o dedo na ferida da postura de muitos ateus, agnósticos e até indiferentes. Julgo que o também autor de “O Anticristo” conhecia o relato do livro de Génesis da tentação em que Adão, homem e mulher, soçobraram; e consigo arrastaram a humanidade. Mas não se pense que a culpa é só deles. De cada vez que desconsideramos os princípios éticos e morais em JESUS, caímos na mesma tolice. “Deus sabe muito bem que no mesmo instante em que comerem esse fruto os vossos olhos abrir-se-ão e, tal como Deus, serão capazes de distinguir o bem do mal!” (Génesis 3:5 – O Livro)

 

INTELIGÊNCIA vs ABSURDO. Para mim basta-me esta constatação.  A natureza teria sido muito cruel no processo evolutivo ao dar-nos uma inteligência, para chegarmos à conclusão de que nada disto faz sentido. O suficiente para acreditar em um Deus inteligente que se deu a conhecer pessoalmente em JESUS. Faz todo o sentido. Junto-me ao apóstolo Paulo quando escreve à igreja em Roma: Como a sua sabedoria e a sua inteligência são riquezas ilimitadas! Como é impossível entender as suas decisões, a sua maneira de agir! Pois ‘quem conheceu o pensamento do Senhor ou quem é o seu conselheiro?’ Alguém lhe terá dado primeiramente dádivas, de forma a esperar agora a retribuição? Com certeza que não, pois todas as coisas vêm dele! Tudo é por ele e para ele. Glória lhe seja dada para sempre! Amém!” (Romanos 11:33-36 – O Livro)

 

EXISTEM “NÓS” QUE SÓ JESUS É CAPAZ DE DESATAR. É certo que nenhuma religião nos pode dar a conhecer Deus. A imaginação humana não O alcança nem pode alcançar, embora nos possamos aperceber de que Ele existe, mesmo não sabendo quem Ele é. Basta-nos olhar para Jesus e ficamos a saber. Nunca O gastamos por muito que leiamos os quatro evangelhos e todo o Novo Testamento. Sei que é para muitos uma tarefa de gigantes ler toda a Bíblia ou até apenas o Novo Testamento, mas ganhe apetite e balanço começando pelo evangelho de João, o quarto. Não espere entender tudo, mas vai entender o suficiente, para receber o que sobre Ele João escreveu, e ao recebê-lo juntamente com a descrição e a narrativa joanina, a experiência pessoal subjetiva vai lançá-lo numa descoberta progressiva que nem a eternidade esgotará. Ponha em prática o que aprende, veja o resultado, e siga no processo de crescimento e desenvolvimento na confiança, dependência e obediência a JESUS.

 

SINCRETISMO RELIGIOSO. Uma salada de tentativas de para amordaçar Deus, de pô-lo dentro de uma caixa, de O manipular, de lhe impor os interesses do poder religioso e político. Qual a religião que se opõe ao sistema do poder instituído? Há duas formas de negar a Deus, torná-Lo um fantoche, manobrá-Lo, fazer d’Ele um moço de recados, atrelá-Lo aos interesses pessoais. Só que Deus é Deus e não deixou por mãos alheias a Sua revelação.

Anteriormente Deus falou aos nossos antepassados de muitas maneiras por intermédio dos profetas. Agora, nos tempos em que vivemos, falou-nos através do seu Filho, a quem deu todas as coisas e por meio de quem criou tudo o que existe. Este reflete a glória de seu Pai e é a imagem perfeita da sua pessoa. Ele mantém todo o universo pela autoridade da sua palavra. Tendo morrido para nos purificar da culpa dos nossos pecados, sentou-se à direita do Deus glorioso, nos lugares celestiais. (Hebreus 1:1-3 – O Livro).

 

A FÉ DESAFIA A CIÊNCIA. Jesus implantou o reino de Deus entre nós, o que é para nós impossível, é possível para Deus. Ele pode o que não podemos. Nele não há fragmentação entre o natural e o sobrenatural. O natural é um mistério, para mim um milagre. É só pensar em nós. Não nos entendemos e compreendemos em tudo o que somos mesmo na nossa dimensão física e biológica, mental, emocional, afetiva e volitiva e, no entanto, somos capazes de compreender e entender. A ciência ainda está longe de nos explicar. Existe um ajustamento fino entre nós e o que nos rodeia. Pensamos sem saber como pensamos, mas pensamos. A ciência rejeita o que não cabe nos seus pressupostos. A fé em Jesus está aberta ao que vai além do que imaginamos.

 

QUEM CRIOU DEUS. Foi Bertrand Arthur William Russell, 3.º Conde Russell considerado um dos mais influentes matemáticos, filósofos, ensaístas, historiadores e lógicos que viveram no século XX, que desistiu de acreditar em Deus, porque não encontrou resposta para a pergunta “quem criou Deus”. Se tivesse encontrado tal resposta, esse deus não seria Deus, porque Deus é incriado. Porque Deus é eterno, ou seja, não tem princípio nem fim, e é um ser pessoal, como JESUS nos mostrou, tudo o que existe tem a sua origem Nele como Criador, e distinto Dele. Deus não é tudo e tudo não é Deus.

 

PAI NOSSO. JESUS deu-nos uma lição modelo não para ser repetida mecanicamente, mas como inspiração e orientação nas nossas conversas com Deus. O modo como começa, se desenvolve e termina, é insuperável, resultado certamente do modo único como se dirigia ao Pai. Através de JESUS o propósito divino é que sejamos filhos de Deus, tendo a Deus como nosso Pai. Era assim que JESUS a Ele se dirigia, sendo Deus com o Pai e o Espírito Santo. Os termos traduzem intimidade, imagem e semelhança, proximidade.

 

O PÃO NOSSO DE CADA DIA. Todas as nossas necessidades são conhecidas do Provedor e Sustentador. Não fora o egoísmo e os abismos das desigualdades criadas pela ganância humana, a terra teria possibilidade de produzir o pão diário para cada uma das criaturas de Deus.

 

LIVRA-NOS DO MAL. Não está nas nossas mãos defendermo-nos do mal e noutras traduções do maligno, embora em obediência ao ensino que JESUS apresentou pela sua vida e instrução, conseguimos o que Deus quer para nós. Ainda assim, porque falhamos, humildemente, confessamos a nossa dependência da proteção divina.

 

NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO. São muitos os apelos para que façamos o contrário da nova natureza que recebemos do Espírito Santo ao nascer de novo. Mesmo assim pedimos que ao sermos tentados não cedamos e nos metamos em sarilhos.

 

SEJA FEITA A TUA VONTADE. Deus é soberano, mas concedeu à humanidade a possibilidade de contrariar e fazer o oposto da vontade divina. Vivemos um tempo que não vai durar para sempre, em que o mal vai tendo o seu curso e provocando as suas vítimas, mesmo entre os que buscam a vontade de Deus. Uma nova era vai chegar em que retomando o verdadeiro sentido da liberdade, a vontade de Deus não terá qualquer oposição.

 

PERDOA AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO. O evangelho assenta sobre o perdão alcançado por JESUS na Sua morte em favor de toda a humanidade, mas só se torna válido quando o aceitamos com a disposição de viver de outro modo. Como consequência assim como fomos perdoados, perdoamos; e perdoamos para sermos perdoados. Tanta desgraça é provocada pela falta de perdão, pela vingança, ajuste de contas e retaliação.

 

NA VIDA E NA MORTE. Jesus lidou com a morte do Seu amigo Lázaro. À sua irmã Marta inconsolável declarou: “Jesus disse-lhe: ‘Eu sou a ressurreição e a vida! Quem crer em mim viverá, mesmo que morra! É-lhe dada a vida eterna por crer em mim e nunca mais morrerá. Crês nisto, Marta?´” (João 11:25,26 – O Livro). Que pergunta decisiva em relação à nossa vida presente e futura! O apóstolo Paulo escreveu o que todos podemos afirmar “Porque Cristo é a única razão da minha existência e a morte representa para mim um ganho!” (Filipenses 1:21 – O Livro). Numa outra tradução “para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho”. Num outro texto o mesmo apóstolo afirma: “Nós não somos donos de nós mesmos, de forma a vivermos ou morrermos segundo a nossa vontade ou conveniência. Quer vivamos, quer morramos, somos do Senhor, dependemos da sua vontade. Quando morrermos, iremos estar com o Senhor. Por isso, tanto na vida como na morte, pertencemos ao Senhor. Foi para isto mesmo que Cristo morreu e ressuscitou, para ser Senhor das nossas vidas, quer vivamos, quer morramos.” (Romanos 14:7-9 – O Livro).

 

QUANTAS VEZES EU QUIS. Deus não desiste de nós. Até ao último instante briga connosco. Disse Jesus de um modo muito sentido: Jerusalém, Jerusalém, cidade que mata os profetas de Deus e apedreja todos aqueles que ele lhe envia! Quantas vezes quis juntar os teus filhos como uma galinha junta os pintainhos debaixo das asas, mas vocês não me deixaram.” (Mateus 23:37 – O Livro).

 

NADA MAIS. JESUS é absolutamente suficiente como Mediador entre Deus e os homens, como Salvador que nos tira de uma vida sem o propósito de sermos à imagem, conforme a semelhança de Deus, Seus filhos, nova criação. Como escreve o apóstolo Paulo ao seu discípulo e filho na fé, Timóteo: Aconselho antes de tudo, que se ore, suplique e agradeça a Deus, intercedendo a favor de toda a gente. Não se esqueçam de orar pelos que governam e estão investidos de autoridade, a fim de que possamos viver em paz e sossego, conformando a nossa conduta com toda a devoção e dignidade. Isto é bom e agrada a Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade. Porque existe um só Deus. E entre ele e os homens há um só mediador, que é Jesus Cristo, seu Filho, que é homem. O qual se deu a si mesmo como o preço da salvação de toda a humanidade. Esta é a mensagem que Deus trouxe ao mundo no momento oportuno. E foi para falar dessa mensagem que eu próprio fui constituído pregador e apóstolo de Deus, e fui encarregado de ensinar esta verdade aos gentios, levando-os ao conhecimento da fé. Não estou a mentir; estou a falar a verdade.” (1 Timóteo 2:1-7 – O Livro)

 

SINAIS. João no quarto e último evangelho elucida-nos do seu objetivo no penúltimo capítulo: Os discípulos de Jesus viram-no realizar muitos outros sinais além dos registados neste livro. Estes vêm aqui descritos para que creiam que ele é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo nele, tenham vida em seu nome.” (João 20:30,31 – O Livro). Considero que a leitura de toda a Bíblia como a Palavra de Deus, devia motivar todos os seguidores de JESUS. Percebo que para alguns pode ser uma tarefa que consideram além da sua capacidade e disponibilidade. A obesidade das redes sociais, a overdose de informação disponível, mas na sua maior parte descartável, banal e até ridícula, infelizmente atrai e consome tempo e energias, e rouba a determinação para o que é verdadeiramente importante, tornam o raciocínio lerdo e preguiçoso. Pelo menos os seguidores de JESUS deviam ler o Novo Testamento, a começar pelos evangelhos, e pessoalmente proponho que comecem pelo Evangelho de João que nos apresenta o Filho de Deus como o EU SOU, ou o Evangelho de Marcos que é o mais sintético e dirigido para o leitor pragmático que aprecia a ação; o Evangelho de Lucas mais dirigido aos pensadores e o Evangelho de Mateus, o primeiro, voltado para os que querem conhecer o Velho Testamento nas pontes e sinais que apontam para JESUS.

 

 

samuel DE JESUS!

 

O meu nome próprio é Samuel, do lado da mãe Rodrigues, do pai Pinheiro, da esposa Pinto e de JESUS por parte do plano eterno de Deus que foi realizado pelo Seu nascimento humano sem ter deixado de ser divino, da Sua vida entre nós, da Sua morte e ressurreição, da Sua ascensão, da promessa do Seu retorno, e do derramamento do Espírito Santo.

Poderia ter escrito de DEUS, mas Jesus foi incumbido da missão de resgate e de nos mostrar o Pai e enviar o Espírito Santo. A triunidade de Deus.

Não sou ateu. Não sou agnóstico. Não sou religioso. Apenas quero ser um humilde seguidor de Jesus Cristo e parte do Seu povo, a Igreja. Não sou perfeito, antes bem pelo contrário. Mas quero viver no aconchego da Sua perfeição, caminhando no sentido de ser como Ele é.

Não sou ateu, não posso ser ateu porque não poderei fazer uma afirmação absoluta quando o não sou. Não conheço tudo, ou conheço muito pouco de tudo o que existe e de tudo o que existe e está para lá da minha cogitação.

Não sou agnóstico porque tenho todas as evidências e mais Uma da presença do próprio Deus na nossa humanidade, Deus feito homem. E se nunca vimos Deus, em Jesus temos o que de Deus podemos ver.

Não sou religioso porque nenhuma religião de facto cumpre o que o nome significa – religar do latim religare.

Sou de Jesus porque ninguém vem ao Pai senão por Ele. Sou de Jesus porque de Si mesmo afirmou: EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA!

Serei cristão? Protestante? Evangélico? Pode ser! Mas tamanha é a dissonância histórica e no presente, como não podia deixar de ser, que em toda e qualquer situação a referência tem de ser JESUS CRISTO! Ele é a fonte, o autor da fé, o fundamento da mesma, o original, o padrão, o modelo. “Pelos frutos os conhecereis”, “sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando”.

“Em pecado me concebeu minha mãe”. Nascemos numa condição e com uma natureza falha, bem distinta daquela na qual e para a qual fomos criados. Será que isto é estranho para nós? Ou todos nós, sem exceção, nos sentimos fora de casa? Essa situação explica biblicamente por que razão tanta coisa errada acontece em nós e à nossa volta, no nosso círculo mais restrito ou em termos globais. Não temos pormenores do modo como o homem e a mulher viviam, mas possuímos indícios suficientes para percebermos que se tratava de um paraíso onde só o bem e o belo imperavam.

 

Desde o princípio Deus deu-nos a liberdade de escolha, mas o fruto da ciência do bem e do mal, provocou danos tão graves na nossa essência à imagem de Deus que só a morte e a ressurreição de JESUS repararam, para todos os que O recebem num compromisso de mudança de vida e de atitudes em obediência e dependência Dele.

 

Depois, passado muito tempo, JESUS veio como Deus e Homem. Através d’Ele, sabemos como Deus é à imagem de quem fomos criados (o Homem criado à imagem e semelhança de Deus). Isso é extraordinário, de uma inteligência insuperável.

 

E como a questão é do nosso íntimo, de quem somos, da nossa essência e natureza, JESUS veio cumprir o plano de redenção, para que possamos renascer, nascer de novo, ser nova criação e filhos de Deus.

Este é o plano.

 

Sou de JESUS em primeiro lugar porque Ele é o EU SOU. É a Sua identidade, a Sua natureza que define tudo o resto.

CRISTO LOGO EXISTO. Cogito, ergo sum é uma frase de autoria do filósofo e matemático francês René Descartes. Em geral, é traduzida para o português como “penso, logo existo”; embora seja mais correto traduzi-la como “penso, portanto sou”. Para mim o pensamento que faz parte da nossa consciência pessoal de que existimos, é superado ainda pela existência e manifestação histórica de JESUS. A Moisés Deus revelou o Seu nome: “Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU.” (Êxodo 3:14a – João Ferreira de Almeida revista e atualizada). JESUS entra na história e o apóstolo João em 7 declarações apresenta-O como o EU SOU. É nessa revelação e identidade que tenho o fundamento inabalável da minha existência no tempo e na eterna.

 

MUITO MAIS DO QUE UM HERÓI. Uniu o céu à terra, o tempo à eternidade, a origem com o fim, toda a humanidade na cruz, a morte à vida, derrotando-a pela sua ressurreição. Rompeu com a doença, com a distinção de raças, abalou os fundamentos da religião como “o caminho, a verdade e a vida”.

 

FANÁTICO POR JESUS. É para mim o mesmo que dizer fanático do amor de verdade, amor à justiça, amor à verdade; fanático da graça, do perdão, da justificação que nos torna justos. Quanto mais conheço a história e os ditos grandes, mais JESUS é o único que é efetivamente GRANDE, em toda a sua mansidão e humildade, na Sua pobreza, no Seu amor, graça e perdão. Dizer que sou fanático de Jesus representa ser fanático da humildade da mansidão, o que não significa da humilhação ou ser um “bananas”.

 

FÉ NA FÉ. Sempre terá sido assim e os nossos tempos não fogem à regra. Existe uma corrente que considera que a fé é suficiente por si só, alguns têm fé em si próprios, no seu ídolo de estimação, num amuleto, e até num cristal que consideram portador de boas energias. Segundo o evangelho de JESUS, a fé só tem genuíno valor em função da pessoa em que é colocada e de onde deriva. Por isso para os Seus seguidores a fé faz diferença quando provém Dele. Não se trata de um efeito placebo, mas da ação sobrenatural de Deus na vida dos que O buscam, confiam, dependem e obedecem. O escritor da carta aos Hebreus diz isso mesmo: Portanto, nós também, visto que estamos rodeados por uma tão grande multidão de testemunhas, vidas que são exemplos da fé, deixemos tudo aquilo que nos embaraça, e o pecado que nos envolve tão de perto, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta. Olhemos para Jesus. Ele é a fonte da nossa fé e aquele que a aperfeiçoa. O qual, pela alegria que lhe estava reservada, suportou a cruz, aceitando a humilhação, vindo a sentar-se à direita do trono de Deus. Pensem bem em tudo aquilo que ele suportou da parte dos pecadores, para que não venham a enfraquecer, perdendo a coragem. Afinal, ainda não chegaram, como ele, a verter o vosso sangue na luta contra o pecado.” (Hebreus 12:1-4 – O Livro)

 

EU SEI. O filósofo Sócrates ficou célebre pela sua declaração de que sei que nada sei. No meu caso, que não sou filósofo mas que sou um seguidor de JESUS, como o apóstolo Paulo posso afirmar sem sombra de dúvida: “Foi Deus quem nos salvou e nos escolheu para uma vida santa. Não porque o merecêssemos, mas por sua vontade e misericórdia, que manifestou através de Cristo Jesus e segundo um plano estabelecido já antes da criação do mundo. Plano esse dado a conhecer agora ao mundo, na pessoa do nosso Salvador Jesus Cristo, o qual quebrou o poder da morte e nos mostrou o caminho da vida incorruptível e eterna, através do evangelho. E foi para isso que fui constituído pregador, apóstolo e mestre. É essa a razão destes meus sofrimentos. Mas não me envergonho disso, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o que eu lhe confiei até àquele dia.” (2 Timóteo 1:9-12 – O Livro)

 

COINCIDÊNCIAS. Para quem confia em Deus não existem coincidências, ou melhor ainda, Deus está em todas as circunstâncias. Certamente alguns pretendem dizer acasos. Mas não há acasos para Deus.

 

TRANSFORMAR O MAL EM BEM. Isto é o que só Deus pode fazer. A verdade é que aquilo que vocês reconhecem como o mal que me fizeram, Deus o mudou em bem, e me elevou até este alto cargo que agora ocupo, de forma a salvar a vida de muita gente.” (Génesis 50:20 – O Livro). Deus permitiu o mal para acabar com ele. E isso já aconteceu na morte e ressurreição de JESUS, e irá cumprir-se em absoluto no Seu retorno, para novos céus e nova terra.

 

DEUS DE MILAGRES. Nem sempre o milagre que esperamos é o milagre que Deus nos dá. Mas Ele é Deus de milagres. Umas vezes nos salva-nos das situações de aperto, outra vezes nas próprias situações. Tanto de uma como de outra tenho experiência. Em cada uma dessas possibilidades a Sua vontade é boa, perfeita e agradável, sendo que a fé em JESUS é expressa.

 

DIMINUTIVOS. Na casa dos meus pais eu sou o filho mais velho e não me lembro de ser chamado por diminutivo. Já à minha mais velha tratamos até ao dia de hoje por Licas e à mais nova por Nininha. Continuamos a tratar-nos por manos ou maninhos. Na nossa casa a minha esposa é chamada por Belinha e a nossa filha por Aninhas ou Anocas, que ela não apreciava muito. Na família de Deus, os Seus filhos têm a possibilidade de O tratar por Abba, Paizinho ou Papai, sem que isso seja considerado falta de respeito.

 

 

 

CRISTIANISMO – CRISTÃOS – SEGUIDORES-SERVOS DE JESUS O CRISTO

“E foi ali em Antioquia que os discípulos foram chamados cristãos pela primeira vez.” (Atos 11:26 – O Livro)

 

 

Cristãos ou pequenos cristos segundo alguns comentadores, foi a designação que receberam os seguidores de JESUS pela primeira vez em Antioquia. O foco está colocado em JESUS, O CRISTO.

 

Nos dias que correm muitos dos que são designados por cristãos não têm nada a ver com JESUS – O CRISTO, mas pela cultura dita cristã, ou pela religião cristã ou cristianismo, o que vulgarmente se chama de cristão nominais.

 

Acredito numa cultura influenciada e até redimida, mas para tanto é imperiosa a experiência do novo nascimento e um compromisso sério com a pessoa de JESUS, a Sua vida e o Seu ensino em obediência aos princípios que viveu e ensinou, plasmados na Sua pessoa. O EU SOU viveu em absoluta harmonia com a Sua essência e natureza, e foi isso que Ele ensinou.

 

O que aconteceu com JESUS é o que Ele “propõe” à humanidade, pessoas transformadas pelo amor de Deus, pela graça por meio da fé. E isso só é possível porque ao morrer e ao ressuscitar o pecado foi radicalmente resolvido, atingido nas suas raízes de desobediência e hostilidade a Deus. No plano natural em quem confiamos molda-nos, influencia-nos. Ao confiarmos, dependermos e obedecermos a JESUS, que reúne em Si o natural e o sobrenatural, somos transformados interiormente para sermos e vivermos de acordo com Ele, por meio desse ato de fé.

 

O que é o que o cristianismo fez de JESUS O CRISTO? A história é pródiga em disparates, crimes, disputas, divisões, contendas, perseguições, violências, guerras, alianças com o poder político-económico, ostentação, corrupção, imoralidade, abusos, e o muito mais que pode ser acrescentado e para o qual os evangelhos, o livro histórico dos Atos, as cartas apostólicas, o livro profético do Apocalipse e todos os livros da Bíblia preveniram e corrigiram desde os primórdios da Igreja. Os ramos do cristianismo: católico romano, ortodoxo (russo, ucraniano, grego…), reformado (magisterial e radical), anglicano, protestante, evangélico, carismático, pentecostal e neo-pentecostal… a lista bem que podia ser acrescentada em muitos ismos… tudo cabe no que se chama vulgarmente de cristianismo! A minha decisão está tomada de acordo com o que encontro como essencial, seguir JESUS, viver como JESUS viveu, amar como JESUS amou, perdoar como JESUS perdoou, servir como JESUS serviu… sempre a uma distância enorme Dele, mas tentando todos os dias progredir, sabendo que tudo isso deve ser acompanhado da certeza absoluta de que é Ele que salva sem ajuda alguma da nossa parte. O meu texto chave a esse respeito está no texto de Paulo para os crentes em Éfeso. Podemos citar muitos outros, mas este sintetiza tudo:

 

Vocês estavam mortos por causa das vossas transgressões e dos vossos pecados. Essa era a vossa conduta na vida, antigamente, seguindo as correntes do mundo à vossa volta, e seguindo até aquele que é líder da autoridade dos ares, do espírito que atua, ainda hoje, naqueles que recusam sujeitar-se a Deus. E nós também éramos como eles, vivendo apenas segundo os desejos da nossa natureza pecaminosa, os impulsos primários dos nossos sentidos e dos nossos pensamentos. Éramos, por natureza, objeto da severa justiça de Deus, tal como o resto da humanidade.

Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, em consequência do seu sublime amor por nós, e estando nós ainda mortos devido às transgressões, deu-nos uma vida nova ao ressuscitar Cristo da morte. Foi somente pela graça de Deus que fomos salvos. Nós ressuscitámos com Cristo e foi-nos concedido, por isso, o direito de pertença espiritual, pela fé, aos domínios celestiais em que Cristo habita. A fim de que, para sempre, todos constatem como é rica e generosa essa sua graça, que Deus revelou em tudo o que fez por nós através de Jesus Cristo.

Porque pela sua graça é que somos salvos, por meio da fé que temos em Cristo. Portanto, a salvação não é algo que se possa adquirir pelos nossos próprios meios: é uma dádiva de Deus. Não é uma recompensa pelas nossas boas obras. Ninguém pode reclamar mérito algum nisso. Somos a obra-prima de Deus. Ele criou-nos de novo em Cristo Jesus, para que possamos realizar todas as boas obras que planeou para nós. (Efésios 2:1-10 – O Livro)

 

TRIGO E JOIO. Jesus advertiu-nos acerca da realidade histórica que como Seus seguidores e Igreja, o Seu povo, iríamos viver. Trigo e joio convivem. Não temos legitimidade para o separar porque podemos confundi-los, arrancando o trigo em vez do joio. Essa não é a nossa função. Isso não significa que não distinguimos a verdade da mentira, o certo do errado, mas a tarefa da separação está guardada para o fim e para outros agentes. Podemos indignar-nos com o que o inimigo durante o sono dos homens semeia, mas arrancar o joio e ceifar o trigo será bem feito no tempo certo. (Mateus 13:24-30).

 

O que é que levou os habitantes de Antioquia a chamarem os seguidores de Jesus o Cristo, de cristãos? No meu entender não foi o cristianismo, mas JESUS O CRISTO!

 

O que temos nós para apresentar aos homens e mulheres de hoje no ateísmo, agnosticismo, ceticismo, existencialismo, marxismo, materialismo, naturalismo, judaísmo, cristianismo, islamismo, budismo, confucionismo, hinduísmo, panteísmo, panenteísmo, espiritismo, … por certo não é o cristianismo entre todos os ismos considerado como superior ou melhor! MAS ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE JESUS como nos é apresentado em toda a Bíblia, porque toda ela é Palavra de Deus, confirmada pela PALAVRA ENCARNADA – O LOGOS DIVINO.

 

A narrativa (como hoje se diz), que faz a diferença é JESUS O CRISTO! Só Ele viveu o que ensinou e ensinou o que viveu! Só Ele se apresenta como o “protótipo” … Ele é Deus entre nós como divino, e como Homem à imagem de Deus que no princípio Deus criou! “Façamos o homem, um ser semelhante a nós” (O Livro). Os adereços, os rituais, as formalidades, os géneros musicais, os estilos e as formas de adoração e louvor de nada interessam. O que importa, como o próprio disse é que adoremos o Pai em espírito e em verdade!

 

“Acredita em mim, mulher. Vem o momento em que já não teremos de nos preocupar se o Pai deve ser adorado aqui ou em Jerusalém. Vocês adoram o que desconhecem, ao passo que nós conhecemos, pois é através dos judeus que a salvação vem ao mundo. Mas chega a hora, e é agora mesmo, em que os que verdadeiramente o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade. É assim que o Pai quer que o adoremos. Deus é espírito e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade!” A mulher disse: “Eu sei que há de vir o Messias, chamado Cristo, e que quando vier nos explicará tudo.” Então Jesus disse-lhe: “Sou eu o Cristo!” (João 4:21-26 – O Livro).

 

Importa que como seguidores-servos de JESUS nos chamemos a todos para ouvir o que JESUS nos tem a dizer em toda a Bíblia à luz do Novo Testamento e da Sua pessoa. Todos, sem exceção! Judeus, cristãos, islâmicos, budistas, hindus, espíritas, mórmons, testemunhas de jeová, céticos, agnósticos, ateus, materialistas LEIAM A BÍBLIA a começar pelo cumprimento das profecias e de toda a história da salvação e do proto-evangelho logo no primeiro livro da Bíblia, e que o último livro sintetiza de forma admirável e inexcedível:

 

“João, às sete igrejas da província da Ásia. Que vos sejam concedidas a graça e a paz daquele que é, que era e que há de vir, e também dos sete espíritos que se acham diante do seu trono, assim como da parte de Jesus Cristo, a testemunha fiel, o primeiro dos ressuscitados, o soberano dos reis da Terra. A esse que nos ama e nos lavou dos nossos pecados pelo seu sangue, nos reuniu no seu reino e nos fez sacerdotes de Deus, seu Pai, seja dada toda a honra e reconhecido o seu poder para sempre. Que assim seja! Eis que ele vem rodeado de nuvens, e toda a gente o verá, até mesmo aqueles que o trespassaram. E as nações se lamentarão por causa dele. Sim, isso é que há de acontecer! “Eu sou o Alfa e o Ómega”, diz o Senhor Deus, Todo-Poderoso, que é, que era, e que virá!” (Apocalipse 1:4-8 – O Livro).

 

PALAVRAS. Não bastam palavras. Evangelho é ação de Deus a nosso favor. Meras palavras não mudam nada por muito que sejam repetidas. O que nos muda é o poder de Deus e que é traduzido numa confissão que regista a nossa decisão de segui-lO: “Se com a tua boca confessares que Jesus Cristo é o Senhor e no teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque é crendo que uma pessoa é declarada justa por Deus; e é declarando, em voz clara, que a salvação se afirma. Porque a Escritura diz: “Mas aquele que nele crer não será envergonhado.” E nisto, entre judeus e os gentios não há diferença: todos têm o mesmo Senhor que concede generosamente as suas riquezas aos que o invocarem. Porque: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Romanos 10:9-10 – O Livro)

 

 

AMIGOS DE JESUS

E vocês serão meus amigos se fizerem o que vos mando. Já não vos chamo criados, pois estes não acompanham o que faz o patrão. Vocês são meus amigos, e a prova disso é o facto de vos ter revelado tudo o que o Pai me disse. (João 15:14 – O Livro)

 

Todos podemos ser amigos de Jesus observando o requisito que o próprio apresenta: fazer o que Ele nos manda. Fácil… ler os evangelhos e o Novo Testamento e à sua luz o Velho Testamento e cumprir os Seus mandamentos como podem ser vistos na Sua pessoa, natureza e essência. Esta é a parte que eu mais aprecio. Tudo o que Jesus ensinou pode ser verificado em quem Ele é. Daí decorre que é por aí que o Filho de Deus começa em relação a nós. Fazer o que Jesus manda, é começar pelo princípio, ou seja sermos feitos filhos de Deus, nascer espiritualmente, nascer de novo, ser uma nova criação. É aí que tudo começa.

Mais tarde, veio aquele que é a verdadeira luz para brilhar sobre todo o ser humano. Esteve neste mundo, que foi criado por ele, mas não o conheceram. Veio para o seu povo e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus. Bastava confiarem nele como Salvador. Esses nascem de novo, não no corpo nem de geração humana, mas pela vontade de Deus. A Palavra tornou-se homem e viveu aqui na Terra entre nós, cheio de amor e perdão, cheio de verdade. E vimos a sua glória, a glória do Filho único do Pai. (João 1:10-14 – O Livro).

 

Na primeira entrevista com o religioso Nicodemos, Jesus deixou bem claro ao que veio:

Jesus retorquiu: ‘É realmente como te digo: quem não nascer de novo não pode ver o reino de Deus. ’Que queres dizer com isso?’, perguntou Nicodemos. ‘Como pode uma pessoa voltar para o ventre da sua mãe e nascer outra vez?’ Jesus respondeu: ‘É realmente como te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. Os homens só conseguem reproduzir vida humana, mas o Espírito Santo dá vida espiritual. Por isso, não te admires de te ter dito que precisas nascer de novo. Assim como ouves o vento, mas não sabes donde vem nem para onde vai, assim se passa com aquele que é nascido do Espírito.’ (João 3:3-8 – O Livro).

 

A partir daqui estão criadas a condição da natureza e da essência do homem para viver como Jesus manda.

 

Tudo o que Jesus manda, viveu. Não se trata de mandar aos outros fazer o que não fez. É por isso que o mesmo significa ser Seu imitador como refere o apóstolo Paulo: Vocês devem seguir o meu exemplo, tal como eu sigo o de Cristo.” (1 Coríntios 11:1 – O Livro). Implica igualmente o elo entre o ser, o estar, o fazer e o ter que temos em JESUS:

“Eu estou crucificado com Cristo; e apesar de continuar a viver, já não é o meu eu que domina, mas é Cristo que vive em mim. E o resto da minha existência nesta terra é o resultado da fé que eu tenho no Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas 19b,20 – O Livro).

 

Em JESUS não se verifica o que acontece em nós, dizermos uma coisa e vivermos outra, porque a natureza e a essência de JESUS, não sofre de fragmentação, de divisão, contradição, como aconteceu connosco com o desastre que provocámos ao comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal. JESUS flui em perfeita harmonia da sua essência divina e humana, como Criador e como Imagem e Semelhança do Criador enquanto Homem. Nós fluímos em contradição, divididos, em contradição com o nosso design original.

 

Jesus é… Jesus viveu… Jesus morreu e ressuscitou! Jesus viveu segundo o que afirmou da sua identidade e pelo que ensinou! O Filho de Deus assumiu a morte assumindo que é Deus entre nós e o Homem à imagem conforme a semelhança de Deus. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou” (Génesis 1:27 – João Ferreira de Almeida – revista e atualizada). Morreu em coerência com a Sua natureza e a Sua vida. Deu a sua vida por nós, para que nós pudéssemos ser libertos da nossa condição natural, a condição em que nascemos, para morrermos nós também para a vida que não presta, a vida errada que erra o alvo do sentido divino e ressuscitarmos para o propósito e desígnio divinos. E estas palavras antecedem a condição de sermos amigos de Jesus:

 

Amei-vos como o Pai me amou. Vivam no meu amor. Se guardarem os meus mandamentos estarão a viver no meu amor, assim como eu obedeço ao meu Pai e vivo no seu amor. Disse-vos isto para que possam encher-se da minha alegria. Sim, a vossa taça de alegria transbordará! Mando-vos que se amem uns aos outros como eu vos amei. E é esta a medida: o maior amor é mostrado quando alguém dá a vida pelos seus amigos. (João 15:9-13 – O Livro).

 

A bênção da vida em Jesus passa obrigatoriamente pela obediência. É este o convite que Ele nos deixa:

 

Venham a mim todos os que estão cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Levem o meu jugo e aprendam de mim, porque sou brando e humilde, e acharão descanso para as vossas almas; pois só vos imponho cargas suaves e leves.” (Mateus 11:28-30 – O Livro).

 

Só há uma forma de cada um de nós saber se é verdade – experimente! Eu já experimentei e não troco JESUS por ninguém, nem por nada! Não é Jesus e… É só Jesus como único e suficiente Salvador e Senhor! Só mais uma coisa, quando vivemos como amigos de Jesus, fazemos parte de uma inumerável comunidade!

 

CULTURA PÓS-CRISTÃ. A cultura em que vivemos é antagónica aos princípios que JESUS viveu entre nós e para os quais nos salvou. A verdade é que podemos afirmar que sempre foi assim, e que JESUS nos avisou que assim seria. Seguir a JESUS não é seguir uma maioria cultural ou uma maioria moral e religiosa. Seguir a JESUS é isso mesmo. Ele não muda conforme os modismos e as tendências políticas, filosóficas ou religiosas. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente conforme nos comunica o escritor da carta aos Hebreus (13:8).

 

PREDESTINAÇÃO MATERIALISTA. Faz-me náuseas. Uma das muitas razões porque aprecio o evangelho de JESUS é que nos abre a janela da esperança para um processo em que todas as mudanças são possíveis. Nasci assim e vou sempre viver assim é inaceitável para quem acredita em JESUS. O que não nos é possível, é possível pelo Espírito que nos concede. A predestinação materialista, leva à irresponsabilidade. A culpa é dos genes. Esta é a mentira das mentiras que contamina a cultura contemporânea, e eu sei do que falo como professor durante quase 40 anos.

 

INFERNO. Para algumas pessoas o inferno é aqui. Não há dúvida para mim que o inferno se mostra aqui, para que estejamos devidamente prevenidos para não passarmos lá a eternidade. Se o inferno do lado de cá custa, o que não será o da eternidade. C. S. Lewis escreve que a dor e o sofrimento são o megafone de Deus, que acorda para o que não vai bem e que precisa de cura seja física, emocional ou espiritual. O inferno numa explicação simples é a total ausência do amor, da graça, da luz. É o contrário do céu. Ninguém vai para o inferno por causa da condição e da natureza em que nasceu, nem por causa dos seus pecados, mas por recusar determinantemente o perdão. JESUS morreu por todos nós, e todos os que O aceitam para O seguirem, a começar pela nova essência espiritual na imagem divina, são perdoados, recebem a vida eterna e usufruem da bem-aventurada esperança de morarem com Ele para sempre.

 

 

ARGUMENTO

 

Fomos criados. Deus é o Criador que nos desenhou à Sua imagem conforme a Sua semelhança. Fomos feitos parecidos com Deus.

Rompemos com essa imagem e quisemos ser donos de nós mesmos, vivendo à nossa maneira e até inventando ídolos ou fazendo de nós próprios deuses. Depois de toda a bagunça criada acusamos Deus e culpabilizamo-Lo do nosso estado e condição.

Deus apresentou-se na história como Deus e Homem que os nossos sentidos podem captar. Como Deus, Jesus apresenta-nos o Criador, leva-nos ao Pai e dá-nos o Espírito Santo. Foi assim que também Ele viveu. E como Homem mostra-nos a criatura à imagem do Criador. Digamos dois em um, a 100%.

Os Seus contemporâneos não O suportaram, com os religiosos pretensos representantes e defensores do divino na dianteira. Indignaram-se com a identidade que Ele assumiu sem sequer necessidade de muitas palavras, porque os seus atos falavam por si. Por fim colocaram-no numa cruz que aceitou porque desde a eternidade o Deus trino tinha definido que as escolhas da humanidade só seriam debeladas pela sua morte e ressurreição. Assumiu a nossa morte, e recuperou a nossa vida. Morreu e ressuscitou e reescreveu a História para uma nova era de harmonia, paz, amor, e verdadeira liberdade.

Todos sem exceção temos à nossa disposição o poder de sermos feitos filhos de Deus através de JESUS. De Criador a Pai. De criaturas a filhos. De imagem a nascidos de Deus. Recuperarmos pela recriação a originalidade da semelhança com Deus. Esta é a marca distintiva do Evangelho de Jesus. Não é Photoshop, maquilhagem, plástica, aparência. É ser onde tudo tem a sua fonte. Jesus agiu e ensinou a partir da Sua essência. Mostrou-nos que é assim que as coisas são. Primeiro ser, e depois fazer, viver, agir em todas as circunstâncias e situações. Integridade em JESUS, integração do espírito, alma e corpo, da consciência e da vontade, da razão e do coração, do tempo e da eternidade.

 

NOVO NASCIMENTO PARA UMA NOVA VIDA. Considero que é fácil de entender que se nascemos dos nossos pais para existirmos na dimensão natural, também espiritualmente podemos nascer de Deus para sermos Seus filhos e vivermos uma nova vida. As duas dimensões da vida sem as quais nunca estaremos completos: a vida natural e a vida espiritual.

 

SOLI DEO GLORIA. A Deus toda a glória. Tributamos a Deus a glória que só a Ele pertence. Isso não nos belisca, de modo algum, pelo contrário. Somos agraciados por e nessa glória. O apóstolo Paulo explica-nos como perdemos essa glória, na epístola aos Romanos: Porque todos pecaram, tendo perdido o direito de acesso à glória de Deus.” (Romanos 3:23 – O Livro). Mas quando escreve aos Coríntios na sua segunda carta acrescenta: O Senhor é o Espírito, e onde ele estiver reina a liberdade. E nós cristãos, sem véu de espécie alguma sobre os nossos rostos, somos como espelhos que refletem a glória de Deus. E vamo-nos tornando cada vez mais semelhantes à imagem do Senhor, a qual refletimos também cada vez mais fielmente.” (2 Coríntios 3:17-18 – O Livro)

 

 

 

 

 

SÓ JESUS

Seguidor servo de Jesus

Caminhante no CAMINHO

 

Ser um seguidor de Jesus. Todo o Novo Testamento está centrado na pessoa de Jesus Cristo e o Velho Testamento lança luz para a mesma.

 

- Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5),

- o que salva o seu povo dos seus pecados (Mateus1:21),

- Emanuel – Deus connosco (Mateus 1:23), o Filho do Deus vivo (Mateus16:16),

- o que batiza com Espírito Santo e com fogo (Mateus 3:11,12),

- o Filho amado do Pai em quem se compraz (Mateus 3:17),

- o que ensina com autoridade (Mateus 7:29),

- o que tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças (Mateus 8:17),

- o que alivia os cansados e sobrecarregados (Mateus 11:28),

- manso e humilde de coração (Mateus 11:29),

- o amigo de publicanos e pecadores (Mateus 11:19),

- quem é maior do que Jonas (Mateus 12:41),

- aquele a quem tudo foi entregue pelo Pai, o único que O conhece e O dá a conhecer (Mateus 11:27),

- o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mateus 16:16),

- o alicerce da igreja e o Seu edificador (Mateus 16:18),

- o que voltará e retribuirá a cada um conforme as suas obras (Mateus 16:27),

- o Filho amado do Pai em quem se compraz e a quem devemos ouvir (Mateus 17:5),

- o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mateus 20:28),

- o que voltará (Mateus 24:32-44),

- a quem toda a autoridade foi dada no céu e na terra (Mateus 28:18),

- o que batiza com o Espírito Santo (Marcos 1:8),

- o Filho amado do Pai em quem se compraz (Marcos 1:11),

- o que não veio para chamar justos e sim pecadores (Marcos 2:17),

- o Cristo (Marcos 8:29),

- o Filho amado do Pai a quem devemos ouvir (Marcos 9:7),

- não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em regate por muitos (Marcos 10:45),

- o que voltará (Marcos 13),

- EU SOU, e veremos o Filho do homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo com as nuvens do céu (Marcos 14:62),

- o que ascendeu ao céu (Marcos 16:19),

- nascido pelo Espírito Santo na virgem Maria – Filho de Deus (Lucas 1:35),

- o que cresceu em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens (Lucas 2:40,52),

- aquele sobre quem o Espírito está para evangelizar os pobres, proclamar libertação aos cativos e restaurar da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos e apregoar o ano aceitável do Senhor (Lucas 4:18,19),

- o que tem poder para perdoar pecados (Lucas 5:17-26),

- amigo de publicanos e pecadores (Lucas 7:34),

- aquele a quem ventos e ondas obedecem (Lucas 8:22-25),

- o Filho do homem que não tem onde reclinar a sua cabeça (Lucas 9:58),

- o Senhor que virá (Lucas 17:20-37),

- homem justo (Lucas 23:47),

- o que vive (Lucas 24:5),

- O Verbo divino (João 1:1),

- a vida e a verdadeira luz (João 1:4,5),

- o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigénito do Pai (João 1:14),

- por quem veio a graça e a verdade (João 1:17),

- o que revela a Deus que nunca ninguém viu (João 1:18),

- o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29),

- o que batiza no Espírito Santo (João 1:33),

- Mestre, Filho de Deus, Rei de Israel (Lucas 1:49),

- a dádiva do amor de Deus (João 3:16),

- Eu o sou – o Messias, chamado o Cristo (João 5:26),

- “EU SOU o pão da vida” disse Jesus (João 6:34),

- “EU SOU a luz do mundo” disse Jesus (João 8:12),

- “EU SOU a porta das ovelhas” disse Jesus (João 10:9),

- “EU SOU o Bom Pastor” disse Jesus (João 10:11),

- “EU SOU a ressurreição e a vida” disse Jesus (João 11:25),

- “EU SOU o caminho, a verdade e a vida” disse Jesus (João 14:6),

- “EU SOU a videira verdadeira” disse Jesus (João 15:1),

- o que tem as palavras da vida eterna (João 6:68),

- eu sou lá de cima (João 8:23),

- sem pecado (João 8:46),

- antes que Abraão existisse, eu sou (João 8:58),

- o que dá vida e vida com abundância (João 10:10),

- o Mestre e o Senhor, e dizeis bem; porque eu o sou (João 13:13),

- Senhor meu e Deus meu (João 20:28),

- ninguém vem ao Pai sem ser por Ele (João 14:6),

- não há salvação em nenhum outro (Atos 4:12),

- o qual transformará o nosso corpo de humilhação para ser igual ao corpo da sua glória (Filipenses 3:21),

- Nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade (Colossenses 3:9),

- em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos (Colossenses 2:3),

- Aquele que veio ao mundo para salvar os pecadores (1 Timóteo 1:15),

- o qual a si mesmo se deu por nós a fim de remir-nos de toda a iniquidade (Tito 2:14),

- o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do Seu ser (Hebreus 1:3),

- o que destruiu pela Sua morte aquele que tem o poder da morte – o diabo (Hebreus 2:14),

- Quem é o mesmo ontem e hoje e o será para sempre (Hebreus 13:8),

- Autor e Consumador da nossa fé (Hebreus 12:2),

- Aquele que morreu uma única vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para nos conduzir a Deus (1 Pedro 1:18),

- a quem pertence a glória pelos séculos dos séculos (1 Pedro 4:11),

- o Advogado junto do Pai (1 João 2:1),

- a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas ainda pelos do mundo inteiro (1 João 2:2),

- a fiel testemunha, o primogénito dos mortos, e o soberano dos reis da terra; Aquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados (Apocalipse 1:5);

- Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19:16);

- o Alfa e o Ómega, o primeiro e o último, o princípio e o fim (Apocalipse 22:13);

- Aquele que vem sem demora (Apocalipse 22:20).

 

 

 

Samuel R. Pinheiro

https://samuelpinheiro3.wixsite.com/omelhordetudo

 

 

 

 

PÓSFACIO

Antecipando as possíveis reações a este opúsculo que tem como única pretensão e se pensar bem é maior do que eu e do que o universo, é apontar para JESUS, SÓ JESUS. Julgo à priori que muitas pessoas concordarão com a chamada de atenção para Jesus mesmo que com algumas nuances, mas não, de modo algum, com a radicalidade SÓ JESUS. E esta é precisamente a essência, essencial (passe a redundância), do evangelho, o que o último capítulo destaca. O evangelho é SÓ JESUS. Só uma citação “ninguém vem ao Pai senão por mim” que está espelhada em todo o evangelho, estas são as boas novas.

Alguém pergunta: “mas não podemos seguir quem segue”, até que retoricamente poderíamos fazer a concessão, mas não é a mesma coisa. Não confundamos os seguidores por mais destacados que sejam: Maria, Pedro, João, Tiago, Paulo, …, com Aquele que seguimos e imitamos, porque sé Ele é Salvador, Senhor, Mediador, Caminho, Verdade e Vida. JESUS não tem lugar no panteão dos deuses ou dos ídolos. Ele é tudo em todos os que O seguem, e até, mesmo para os que não O seguem – “todo o joelho se dobrará e toda a língua confessará que JESUS é o Senhor”.

PORQUÊ

PORQUÊ?

2022set11 ADburaca Águas Vivas
Porquê as guerras, os genocídios, a fome, as pandemias, as violências domésticas, o terrorismo, as doenças, o sofrimento, a maldade, o ódio, a crueldade, a violência, a escravatura, o racismo, …

Porquê o amor, a justiça, a verdade, a solidariedade, a compaixão, a empatia, o afeto, o carinho, …

Se para alguns Deus não existe por causa da maldade, como explicamos o bem? Se o mal nos tem impressionado na invasão da Ucrânia, a generosidade e a solidariedade não me tem impressionado menos! Não há mal no ser humano que a expiação não alcance, nem bem que dispense a expiação. A morte e ressurreição não apenas envolvem perdão, mas recriação, uma nova criação, nascer de novo do Espírito para uma nova vida em Cristo! Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, e só a restauração dessa imagem e semelhança em Jesus, nos pode reconduzir ao desígnio e propósito de Deus – o verdadeiro sentido do nosso ser e da nossa vida!

Abarcando os dois lados, os dois grupos de porquês, PORQUÊ A CRUZ DE JESUS dum sofrimento inenarrável porque físico, emocional e espiritual, em que o justo carrega o pecado de toda a humanidade, e deste modo cria uma nova humanidade de todos os que em arrependimento e conversão, aceitam a Sua graça, o Seu amor incondicional, a Sua justiça e o Seu perdão. Uma nova humanidade em Jesus é possível. Uma humanidade que ama como Deus é amor, que perdoa como Deus perdoa, abençoa como Deus abençoa, supre necessidades como Deus provê, cuida do seu irmão ou do seu inimigo como Deus cuida dos Seus filhos e dos Seus inimigos.

Cala-me fundo a síntese da revelação bíblica que John Stott nos apresenta: nem sempre foi assim, não será assim para sempre, vivemos entre o já e o ainda não. A cosmovisão que adotamos, a narrativa em que nos inserimos, muda o modo como vemos, sentimos, agimos e esperamos. De todas as cosmovisões que conheço a única que faz para mim pleno sentido, embora não conheça todos os PORQUÊS, é a que a Bíblia nos apresenta e Jesus encerra como Deus que veio ao nosso encontro como dádiva do amor divino.

Cada um analise e faça a sua escolha. Quem conhecem como JESUS? Ele a resposta para cada um dos PORQUÊS, embora não compreendamos os que são do domínio do coração, conhecemos em parte os que são da imensidão do espírito e também em parte porque não cabem na sua esfera, os que pertencem à razão.

Perscrutemos as alternativas. Risquemos do mapa da existência de todas as coisas o Deus pessoal e trino que se revela em Jesus na nossa dimensão. O que temos em resultado disso: vivamos e morramos que amanhã morreremos, cada um que se amanhe como puder, cada um invente a sua verdade como se a sua ficção pudesse mudar a realidade, opte por uma evolução biológica e social em que é cada um por si no estímulo do gene egoísta, se escude por detrás das suas bombas atómicas e das sua ameaças, fique à mercê das mentiras que lhe empurram goela abaixo, retirando-lhe todo o direito ao pensamento crítico. Fiquemos com deuses fabricados pelo homem de pau, pedra, metal ou meras ideias; falhos como os seus criadores. Para mim não servem. O atrevimento de pensar num Deus a quem se subtrai arbitrariamente a empatia connosco, ou seja, um Deus distante, de costas voltadas para o homem, um deus que nos impõe a evolução às nossas custas. Também não presta! A ideia de um politeísmo que impõe a cada pessoa um karma do qual depende as formas de reencarnação não se sabe até onde, ou até quando, também convence e pelas consequências geradas de indiferença e apatia para não prejudicar o tal destino ou fado, ou castas de quem é tratado como zé ninguém. Olhem que não! Finalmente agarremos um deus que se confunde com a natureza, com tudo o que existe em que todos somos deus e deus é tudo; em que nós somos no pico da evolução os assassinos da nossa própria mãe – a natureza, um deus que se resume a uma equação matemática, física ou química; Deus não é um cristal, um calhau!… Em que o homem é o bicho destruidor do seu lar e da natureza que o deu à luz! Yuval Noah Harari, autor entre outras obras de Homo Sapiens, Homo Deus e 21 Lições para o Século XXI, considera que o homem surgiu com a invenção dos deuses e acabará ao tornar-se deus. A cada um a sua filosofia, e para cada cosmovisão a sua origem, o seu percurso e o seu fim!

Qual a cosmovisão bíblica: no principio, em todo o processo histórico e no fim-início de uma nova era DEUS (Pai, Filho e Espírito Santo), que criou o homem à Sua imagem e semelhança para a Sua glória – IMAGO DEI, livre e não uma marionete ou robô; a árvore da ciência do bem e do mal que contrariando o aviso de morte arrastou o homem para a situação que conhecemos muito bem e envolve muitos dos PORQUÊS que se formulam; o plano de resgate e salvação através do Deus-Filho feito Homem (revelação de Deus que nos criou e do Homem que fomos criados para ser); uma nova criação de novas criaturas nascidas de Deus para serem filhos e terem em Deus como Pai; uma dinâmica de transição em que o reino de Deus é implantado pela nova vida em e por Jesus; e, finalmente, uma nova era em novos céus e terra.

 

Acabe-se com a balela de que todas as divindades são iguais, todas elas cabem na salada de frutas do pluralismo religioso e no relativismo moral. JESUS mostrou que não é assim. Ele é tão distinto que os que negam Deus e preferem por ignorância ou por decisão de um coração cauterizado os ídolos, consideram que ele é um mito, uma fábula, um conto de fadas, uma miragem, um ideal; e até quem tenta reduzi-lo a um mestre de ética e moral como se tal fosse possível quando reivindicou para si mesmo a identidade do EU SOU O QUE SOU.

Em última análise permitam-me a petulância, “exijo” um Deus a sério que briga com o pecado, a maldade, e que é o garante em toda a Sua essência do amor, da justiça, da verdade, da graça, da misericórdia, da generosidade, que assumiu a propiciação em Si próprio aplacando a Sua ira, e que julgará o mundo pelo varão que designou com toda a propriedade em Jesus. Um Deus que exige que vivamos na excelência da Sua natureza em amor, santidade, justiça e verdade. Um Deus que julgou sobre Si o pecado na morte de cruz, e que julgará o mundo. Um Deus de verdade que vai colocar um ponto final em tudo isso e não nos dá margem para escapes, mas coloca nas nossas mãos a sua graça e bondade, para fazermos o bem sem importar a quem.

É verdade que a História está cheia de violência, de guerra, milhões de mortos em nome de um poder luciferino, diabólico, monstruoso. Isso significa alguma coisa diante dos sinais que Jesus apontou para a Sua segunda vinda. Atrevo-me a argumentar. Nunca como hoje temos um arsenal tão grande de armas de destruição total como são as armas nucleares, biológicas e químicas. Só agora estamos de posse de dados mais do que suficientes para a destruição do meio ambiente, dos ecossistemas, nunca antes tivemos essa consciência e sentimos essa realidade. Os sinais respeitantes à vinda de Jesus estão aí, claros como a água, e que entram pelos olhos dentro ao ponto dos mídia e os cientistas falarem do assunto usando terminologia bíblica. Já vimos isso em demasiados momentos da história, menos na proliferação do nuclear, armas químicas e biológicas e na destruição da natureza de um modo irreparável segundo alguns cientistas. Não entendo como é que seguidores do Jesus que prometeu voltar ignoram ou relativizam esta realidade falando dos milhões que morreram noutros momentos da história. Assim como antes da fundação do mundo Deus já determinara a redenção mediante Jesus, também na eternidade Deus estabeleceu que na história Jesus voltaria em glória para estabelecer novos céus e nova terra.

Arquemos com a nossa culpa, minha máxima culpa; e tomemos a esperança que JESUS nos dá com a Sua ressurreição. “Quando o jornal London Times solicitou a diversos escritores que mandassem ensaios sobre o assunto ‘O que há de errado com o mundo?’, Chesterton respondeu mandando a carta mais curta e directa de todas: Prezados Senhores – Eu. Atenciosamente, G. K. Chesterton” (Alma Sobrevivente; Philip Yancey, Mundo Cristão, pp. 61)

O passa culpas seja em relação a Deus ou em relação ao passado até Adão e Eva não resolve. Nós continuamos a ter a nossa parte neste processo. Podemos dizer que nunca faríamos o que eles fizeram, mas a verdade é que todos os dias o fazemos. Coloquemos as nossas mãos na massa pela ajuda ao próximo, cuidar dos sem abrigo, dos migrantes, … Seguir a Jesus é fazer a diferença!

Todos temos as mãos “manchadas de sangue” de forma ativa ou passiva. Todos pecamos, perante a lei divina todos somos culpados, não há um justo nem um sequer. Pode ser que perante a lei dos homens nos possamos considerar bons cidadãos. A questão humana na sua essência não é ética ou moral, nem sistémica ou dos poderes do mal. A ética e a moral, os sistemas político-económicos e religiosos, e os poderes do mal são reais, mas a questão é espiritual. Quando pensamos na natureza santa de Deus e no Homem que Ele criou à Sua imagem e semelhança todos estamos em falta. Só um podia e pode resolver a situação espiritual. JESUS VEIO e satisfez as exigências de Deus. Nada temos que temer quando aceitamos pela graça e por meio da fé a Sua salvação, que custou a Sua morte.

JESUS é esperança inabalável quaisquer que sejam as circunstâncias. Ele prometeu uma nova era de santidade, liberdade, paz e amor. Uma era à Sua medida absoluta de amor! Quando amamos do Seu jeito sabemos perfeitamente o que temos de fazer, a partir do que Ele é e nós somos Nele!

Alguns pensam e até dizem que têm muitas questões para colocar a Deus na eternidade, mas quando chegarem lá acredito que todas elas se terão evaporado, porque a resposta está diante deles. No meu entender todos os PORQUÊS respondem-se em JESUS e em nós através deles cuidando dos que sofrem, amando – Nele também somos a resposta que se multiplica em cada um que ouve o evangelho e nasce de novo.

 

Samuel R. Pinheiro

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CRISTIANISMO – CRISTÃOS – SEGUIDORES-SERVOS DE JESUS O CRISTO

CRISTIANISMO – CRISTÃOS – SEGUIDORES-SERVOS DE JESUS O CRISTO

“E foi ali em Antioquia que os discípulos foram chamados cristãos pela primeira vez.” (Atos 11:26 – O Livro)

2022abril14 SRPcaricatura - RubinhoPirola

 

Cristãos ou pequenos cristos segundo alguns comentadores, foi a designação que receberam os seguidores de JESUS pela primeira vez em Antioquia. O foco está colocado em JESUS, O CRISTO.

 

Nos dias que correm muitos dos que são designados por cristãos não têm nada a ver com JESUS – O CRISTO, mas pela cultura dita cristã, ou pela religião cristã ou cristianismo, o que vulgarmente se chama de cristão nominais.

 

Acredito numa cultura influenciada e até redimida, mas para tanto é imperiosa a experiência do novo nascimento e um compromisso sério com a pessoa de JESUS, a Sua vida e o Seu ensino em obediência aos princípios que viveu e ensinou, plasmados na Sua pessoa. O EU SOU viveu em absoluta harmonia com a Sua essência e natureza, e foi isso que Ele ensinou.

 

O que aconteceu com JESUS é o que Ele “propõe” à humanidade, pessoas transformadas pelo amor de Deus, pela graça por meio da fé. E isso só é possível porque ao morrer e ao ressuscitar o pecado foi radicalmente resolvido, atingido nas suas raízes de desobediência e hostilidade a Deus.

 

O que é o que o cristianismo fez de JESUS O CRISTO? A história é pródiga em disparates, crimes, disputas, divisões, contendas, perseguições, violências, guerras, alianças com o poder político-económico, ostentação, corrupção, imoralidade, abusos, e o muito mais que pode ser acrescentado e para o qual os evangelhos, o livro histórico dos Atos, as cartas apostólicas, o livro profético do Apocalipse e todos os livros da Bíblia preveniram e corrigiram desde os primórdios da Igreja. Os ramos do cristianismo: católico romano, ortodoxo (russo, ucraniano, grego…), reformado (magisterial e radical), anglicano, protestante, evangélico, carismático, pentecostal e neo-pentecostal… a lista bem que podia ser acrescentada em muitos ismos… tudo cabe no que se chama vulgarmente de cristianismo!

 

O que é que levou os habitantes de Antioquia a chamarem os seguidores de Jesus o Cristo, de cristãos? No meu entender não foi o cristianismo, mas JESUS O CRISTO!

 

O que temos nós para apresentar aos homens e mulheres de hoje no ateísmo, agnosticismo, ceticismo, existencialismo, marxismo, materialismo, naturalismo, judaísmo, cristianismo, islamismo, budismo, confucionismo, hinduísmo, panteísmo, panenteísmo, espiritismo, … por certo não é o cristianismo entre todos os ismos considerado como superior ou melhor! MAS ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE JESUS como nos é apresentado em toda a Bíblia, porque toda ela é Palavra de Deus, confirmada pela PALAVRA ENCARNADA – O LOGOS DIVINO.

 

A narrativa (como hoje se diz), que faz a diferença é JESUS O CRISTO! Só Ele viveu o que ensinou e ensinou o que viveu! Só Ele se apresenta como o “protótipo”… Ele é Deus entre nós como divino, e como Homem a imagem e semelhança de Deus que no princípio Deus criou! Os adereços, os rituais, as formalidades, o géneros musicais, os estilos e as formas de adoração e louvor de nada interessam. O que importa, como o próprio disse é que adoremos o Pai em espírito e em verdade!

“Acredita em mim, mulher. Vem o momento em que já não teremos de nos preocupar se o Pai deve ser adorado aqui ou em Jerusalém. Vocês adoram o que desconhecem, ao passo que nós conhecemos, pois é através dos judeus que a salvação vem ao mundo. Mas chega a hora, e é agora mesmo, em que os que verdadeiramente o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade. É assim que o Pai quer que o adoremos. Deus é espírito e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade!” A mulher disse: “Eu sei que há de vir o Messias, chamado Cristo, e que quando vier nos explicará tudo.” Então Jesus disse-lhe: “Sou eu o Cristo!” (João 4:21-26 – O Livro).

 

Importa que como seguidores-servos de JESUS nos chamemos a todos para ouvir o que JESUS nos tem a dizer em toda a Bíblia à luz do Novo Testamento e da Sua pessoa. Todos, sem exceção! Judeus, cristãos, islâmicos, budistas, hindus, espíritas, céticos, agnósticos, ateus, materialistas LEIAM A BÍBLIA a começar pelo cumprimento das profecias e de toda a história da salvação e do proto-evangelho logo no primeiro livro da Bíblia, e que o último livro sintetiza de forma admirável e inexcedível:

 

“João, às sete igrejas da província da Ásia. Que vos sejam concedidas a graça e a paz daquele que é, que era e que há de vir, e também dos sete espíritos que se acham diante do seu trono, assim como da parte de Jesus Cristo, a testemunha fiel, o primeiro dos ressuscitados, o soberano dos reis da Terra. A esse que nos ama e nos lavou dos nossos pecados pelo seu sangue, nos reuniu no seu reino e nos fez sacerdotes de Deus, seu Pai, seja dada toda a honra e reconhecido o seu poder para sempre. Que assim seja! Eis que ele vem rodeado de nuvens, e toda a gente o verá, até mesmo aqueles que o trespassaram. E as nações se lamentarão por causa dele. Sim, isso é que há de acontecer! “Eu sou o Alfa e o Ómega”, diz o Senhor Deus, Todo-Poderoso, que é, que era, e que virá!” (Apocalipse 1:4-8 – O Livro).

 

Samuel R. Pinheiro

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A “HISTÓRIA” DE DEUS e O DEUS DA HISTÓRIA NA HISTÓRIA DO HOMEM

A “HISTÓRIA” DE DEUS e O DEUS DA HISTÓRIA

NA HISTÓRIA DO HOMEM

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            É nossa convicção que o homem por si nunca poderá alcançar Deus e conhecê-lO através da sua mente, pela sua intuição, pelo seu pensamento e imaginação, pela sua filosofia ou pela sua ciência. Tudo o que o homem por si próprio possa dizer acerca de Deus não é digno de confiança. O homem não tem como saber acerca de Deus se este não se revelar a Si mesmo.

Foi isto que Deus fez através das coisas criadas, através da Palavra inspirada, pelo Seu Filho unigénito entre nós, e pelo Espírito Santo que se move na história dos homens e habita em todos os que confessam a Jesus Cristo como Salvador e Senhor.

Pela história de todas as religiões o máximo que nós podemos ter é o anseio do ser humano em todos os tempos e em todas as latitudes e longitudes, em todas as culturas, pelo transcendente, pelo divino, pelo sobrenatural, pela espiritualidade. Ao mesmo tempo temos aí muita da rebeldia do homem em não querer aceitar as evidências da existência do Deus pessoal substituindo-o pelas coisas criadas, pelas forças e energias cósmicas, pela natureza, pelos objectos, pelos ídolos fabricados pela imaginação e engenho humano, pelas ideais e conceitos religiosos e filosóficos, enfim tantas vezes até pelo próprio homem mesmo quando nega Deus (ateísmo) ou dúvida de que seja possível saber alguma coisa acerca Dele (agnosticismo).

Consideramos que apesar de podermos encontrar em todas as culturas sinais que possivelmente Deus permitiu ao homem discernir ou que o próprio Deus aí inseminou, quem é que poderia ou poderá distinguir e articular o que são os factores divinos, os lampejos da verdade e o que é ilusão e falsidade resultado das limitações e insuficiências humanas?

Como já dissemos anteriormente estamos convictos de que Deus falou e continua a falar-nos através das coisas criadas, da Bíblia Sagrada, de Jesus Cristo e do Espírito Santo. Essa revelação é suficiente embora não seja absoluta. Não sabemos tudo acerca de Deus, mas sabemos o suficiente.

Especialmente em Jesus Cristo nós temos Deus entre nós na dimensão que nós podemos captar, entender, tocar, contemplar, conhecer, acompanhar, seguir. Diante de Jesus Cristo não temos qualquer dúvida acerca da existência de Deus.

Convém abrir aqui um parêntesis para confessarmos que se a ciência não pode provar nem negar que Deus existe porque Ele não se confunde nem está confinado, aprisionado, limitado, contido pela matéria e pela natureza, não é de admirar que racionalistas, intimistas, materialistas e naturalistas não o divisem. Deus não se prova, não se demonstra, não se explica. Deus é Deus – pessoal, triuno, Criador, Sustentador, Redentor, Restaurador e Consumador. Para nós Ele é auto-evidente. Por isso nem a Bíblia nem Jesus Cristo gastam tempo a provar o que está aí diante do nosso nariz e dos nossos olhos. Para quem é crente Deus é visível em tudo o que existe como obra das Suas mãos, a nossa existência não faz sentido sem a Sua existência.

Ele não existe porque nós existimos, mas nós existindo sabemos que Ele existe (de outra forma não o saberíamos). Da mesma forma que não precisamos que ninguém nos prove que existimos, também não necessitamos de nenhuma prova de que Ele existe e, no entanto, existindo temos todas as provas.

Esperamos pelo momento em que aqueles que O negam ou duvidam, estejam finalmente diante Dele para então sabermos o que Lhe dirão face a face, ou o que Dele ouvirão se é que será necessário dizer o que quer que seja. Ou seja será que diante Dele, não tendo como não aceitar a Sua existência ou duvidar dela, continuarão a não crer porque crer é muito mais do que admitir a existência, é confiar, é depender, é abandonar-se, é aceitar, é confessar, é adorar, é louvar, é gratidão… crer! Eu creio!!! O resto é pecado – errar o alvo da vida, querer ser deus sem Deus e contra Deus, acima de Deus – loucura.

Alguns perguntarão pelos que tendo apenas a criação e não tendo conhecimento da Bíblia como Palavra de Deus e de Jesus Cristo como Deus entre nós. Não temos qualquer dúvida que Deus sabe como lidar com cada um desses casos em conformidade absoluta com a sua natureza santa, amorosa, graciosa e justa. Não nos preocupa tanto os que não sabem mas o que sabendo rejeitam esse conhecimento, evitam com mil e uma desculpas e justificações a sua incredulidade. Cabe-nos como crentes a suprema tarefa de vivermos de tal forma que através de nós o conhecimento de Deus, do Seu amor, da Sua graça, da Sua santidade, da Sua perfeição, da Sua justiça chegue ao maior número possível de pessoas através de todos os meios porque só em Deus o homem verdadeira se encontra e é verdadeiramente humano.

Na Bíblia temos a “História” de Deus na história dos homens, temos o Deus da História na Sua soberania e na liberdade do ser humano. Nela não se confunde a palavra do homem com a Palavra de Deus, toda ela é Palavra de Deus porque toda ela foi escrita pela inspiração do Espírito Santo, pelo querer de Deus, ela mesmo distingue o que é palavra de homens, de loucos, até de demónios e as declarações do Altíssimo. Por isso a Bíblia não contém a Palavra de Deus misturada com as palavras humanas, mas é a Palavra de Deus. A palavra divina usando as palavras dos homens para que saibamos o quanto Ele nos ama e que só Nele encontramos o sentido, o desígnio, o propósito, a essência, a verdade.

A nossa história só ganha sentido e plenitude na História de Deus. Fomos criados por Ele e para Ele, só nos encontramos n’Ele. Ele é o Deus da História e da nossa história individual.

 

Samuel R.Pinheiro

www.samuelpinheiro.com

SÍNTESE

SÍNTESE

 2021 - foto Catarina Sousa - peq

Revelação natural (Salmo 19), escrita (2 Timóteo 3.16), e pessoal (João 1:1-18; Hebreus 1:1,2; 1 João 1:1-4) de um Deus pessoal, distinto da natureza, omnipotente, omnisciente, omnipresente, santo, soberano, amoroso, justo, misericordioso, gracioso (Génesis 1:1). Não dependemos da nossa opinião, do nosso ponto de vista, do nosso relativismo, da nossa imaginação, dos nossos critérios, dos nossos achismos no que diz respeito à essência da nossa existência, da nossa conduta, das nossas origens e da nossa finalidade. Deus não é um ser sozinho. Deus é um ser trino. A “família” divina aponta-nos para um relacionamento de amor absoluto e eterno. A paternidade divina com um amor que excede em muito o amor de mãe é muito significativa à luz da experiência humana, mas muito mais como orientadora dessa mesma vivência (Isaías 49:15,16). Em Jesus Cristo, pelo Espírito Santo, podemos chamá-Lo de “Abba Pai” – paizinho (Gálatas 4:6). Deus é um Deus relacional. Ser pessoa só é verdadeiramente possível diante da pessoalidade divina. Não é da matéria ou da energia que retiramos essa compreensão.

 

Sentido, razão de ser, propósito e desígnio para a vida. Não somos resultado do acidente, do acaso, do nada e do absurdo. A vida é um mistério com sentido quando vivida a partir de Deus (Efésios 1). Só em Deus temos sentido e propósito. Não somos nós que podemos inventar o nosso desígnio. Não fomos nós que nos criámos e fizemos, e em última instância não somos sequer nós mesmos que nos sustentamos. Existimos e continuamos a existir em Deus (Actos 17.28). Como geração de Deus não O podemos confundir com a matéria ou a energia em bruto ou manipulados pela arte e imaginação do homem, em forma de ídolo (Actos 17.29).

 

Dignidade, identidade, auto-estima como criação à imagem e semelhança de Deus (Génesis 1:27). Nós prestamos apesar das consequências históricas e globais causadas pelo uso errado do livre-arbítrio (Génesis 2:9). Nós não somos o Criador e Sustentador nem de nós mesmos nem do planeta e do universo em que vivemos, não somos nós que podemos estabelecer ou alterar os princípios que a eles presidem e que se inserem na natureza do próprio Deus. Fomos criados para Ele e nada há melhor do que isso. Não podemos viver sem Ele e a vida só vale a pena mergulhados, dominados, absorvidos, encharcados do Seu amor e da Sua graça em santidade e justiça. Por e em Jesus sabemos isso perfeitamente. Deus não se impõe, apesar de não podermos existir sem Ele. Fomos criados podendo rejeitá-Lo, embora não possamos dar um passo sem ser pelo Seu sopro. (Actos 17:16-34)

 

Explicação da actual condição humana relativa à presença do mal, da maldade, da dor, do sofrimento, da doença, das catástrofes, da violência, da guerra, do egoísmo, da vingança e da morte, bem como do bem, da solidariedade, da bondade e da vida à luz da liberdade e da responsabilidade humana. O egocentrismo, o orgulho, a soberba, a arrogância e a pseudo-auto-suficiência do homem é a raiz do pecado, de onde brotam todos os pecados, toda a injustiça, toda a violência, todos os crimes, toda a imoralidade, toda a ofensa, toda a ruína, toda a destruição. Não é possível viver inconsequentemente contra a vontade e a natureza santa de Deus. O salário do pecado é a morte, separação de Deus e do Seu plano e propósito. Deus é o Criador e o sustentador, o Legislador e o Juiz, o Senhor e o Salvador, o Redentor e o Consumador. (Romanos 1:18-32)

 

O modelo perfeito de amor, graça, justiça, santidade em Jesus Cristo, Deus feito homem (100% Deus e 100% homem). Deus não é um ser distante, ausente, insensível, alheado da Sua criação. Deus fez-se à nossa imagem, sendo nós à Sua imagem, degradada pelo pecado. O que é um testemunho poderoso e elucidativo de quem Ele é e de quem nós somos, da Sua magnanimidade e do nosso valor n’Ele. Deus não desistiu de nós. Deus entrou na nossa história. Deus fez-se um de nós. Deus provou a nossa condição, menos no pecado. Deus assumiu sobre Si as consequências eternas do nosso pecado. Deus sabe que sofremos e provou o nosso sofrimento. O nosso Deus sabe por experiência própria o que são as consequências da nossa condição pecaminosa. (João 1:1-18; 1 João 1:1-4)

 

Um meio pessoal de acesso directo a Deus por Jesus Cristo, na certeza absoluta de perdão e reconciliação, em que o homem pode ser feito nova criação, filho de Deus pela graça e mediante a fé, que não depende em nada dos méritos ou virtudes humanas (Efésios 2.8-10; 1 Timóteo 2.5). Em Jesus Cristo Deus veio ao nosso encontro e através d’Ele nós vamos ao encontro de Deus. O Seu absoluto e incondicional amor bem como a Sua justiça ficaram bem explícitas na cruz em que Jesus morreu em nosso lugar. A Sua morte substitutiva, redentora, expiatória, vicária e justificadora é o ponto central da História e da eternidade. Toda a singularidade do Evangelho radica na revelação de que o próprio Deus, o Criador e Sustentador de todas as coisas, o Legislador e o Juiz supremo morreu no lugar do réu. Nada de maior pode ser inventado pelo homem. O mistério da cruz, guardado no coração divino desde antes da fundação do mundo, é a nossa salvação. Mas o Filho de Deus não ficou prisioneiro da morte, Ele venceu. Cristo ressuscitou. A vida eterna está ao nosso alcance. O maior de todos os pecados é rejeitar o perdão divino. A condenação eterna do homem não ficará a dever-se aos seus pecados, mas à recusa do perdão gracioso que Deus nos estende em Cristo. (João 3; João 14:1-15; 2 Coríntios 5:17-21)

 

Uma mensagem regeneradora, libertadora e portadora de saúde, que gera fé em Jesus Cristo, o autor e consumador dessa fé que é confiança, submissão e dependência incondicionais. Espírito, alma e corpo; mente, afectos, emoções e vontade abrangidos pela acção salvadora de Cristo. Deus é um Deus de milagres. Desde o milagre da vida ao milagre do novo nascimento, passando pelos milagres de conservação da criação, da cura do corpo e da mente, dos afectos e das emoções, da vontade e dos relacionamentos. (Marcos 16:14-18)

 

Declaração Universal de valores de santidade, amor, perdão e serviço inscritos milenarmente nos textos da Bíblia dos quais se destacam os Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17) e o Sermão da Montanha (Mateus 5-7). Tanto um como outro, bem como todo o relato bíblico, brotam do inexcedível amor de Deus (1º Coríntios 13).

 

Um ideal com valor eterno de construção do reino de Deus em que o amor é a lei e reúne todos os que aceitam Jesus Cristo como Salvador e Senhor e que é a Igreja.

 

Um compromisso de amor incondicional, sacrifício abnegado, renúncia, tolerância e verdade em amor na construção do Reino de Deus. (Mateus 10:34-39; Mateus 11:28-30)

 

A presença constante do Espírito Santo para uma vida de crescimento contínuo segundo o carácter de Cristo, habilitando-nos com todos os recursos necessários ao projecto do Reino. (1 Coríntios 12:1-11; Gálatas 5:16-26)

 

Esperança relativa ao futuro, de “novos céus e nova terra em que habitará a justiça eternamente” e que depende única e exclusivamente do Criador, Sustentador, Redentor e Consumador de todas as coisas. (2 Pedro 3:13; Apocalipse 21:1)

 

Samuel R. Pinheiro

BEM-AVENTURADOS OS QUE NÃO VIRAM MAS CRERAM

BEM-AVENTURADOS OS QUE NÃO VIRAM MAS CRERAM

Esta afirmação de Jesus surge no contexto da Sua ressurreição quando apareceu aos discípulos na ausência de Tomé. Ficou proverbial relativamente a este discípulo a 2022fev14 ADbenfica fotosCatarinaSousa - 3expressão “ver para crer”. Entretanto Jesus correspondeu à dúvida honesta e sincera do apóstolo Tomé. Entrou no espaço em que eles se encontravam, sem bater à porta, e sem necessidade que Lhe abrissem a porta. Apresentou ao discípulo incréu as evidências que Ele reivindicava e logo que o fez surge a confissão “Senhor meu e Deus meu”. Jesus mostrou-lhe as marcas da Sua morte que O identificavam como sendo Ele mesmo. E acrescentou: “Porque viste, creste? Bem-aventurados os que não viram mas creram” que nos serve de título.

Em primeiro lugar Jesus não nega as evidências necessárias a quem honestamente apresenta as suas dúvidas e hoje essa circunstância serve-nos de base para esclarecer interrogações que são legítimas. Sabemos que Jesus ressuscitou e o registo que nos foi deixado é suficientemente esclarecedor. É interessante verificar que na primeira visita que Jesus realizou aos Seus amigos mais chegados no primeiro dia da semana, estando as portas da casa trancadas com medo dos judeus “mostrou-lhes as mãos e o lado”, depois da saudação: “Paz, seja convosco”. A exigência de Tomé vem em linha com o que Jesus já tinha feito espontaneamente! A diferença é que Tomé não apenas queria ver, mas queria tocar: “Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o meu dedo, e não puser a minha mão no seu lado, de modo algum acreditarei.” (João 20:25, ARA)

Em segundo lugar há o livre-trânsito de Jesus junto dos discípulos. Comparece porque está antecipando o momento em que será assumpto ao céu e conforme a Sua promessa estará na presença de dois ou três que se reúnam no Seu nome (Mateus 18:20). A dimensão relacional a que somos chamados por Ele. Entra sem necessitar de bater à porta e de que a porta Lhe seja aberta. Dois aspetos singulares de que na vivência dos Seus seguidores Jesus não precisa de pedir licença para entrar como acontece com os nossos amigos mais íntimos. Ele entra. Não existem datas especiais, não é apenas ao domingo ou dias feriados. Não existem dias santos no calendário religioso, não são precisas liturgias ou cerimoniais para que Ele se manifeste, não é necessário um lugar ornado de peças de valor incalculável, basta o nosso aposento. Não existem obstáculos que possam impedir a Sua presença. Na cela de uma prisão, na cama de um hospital, no cadafalso das perseguições movidas pelos poderes das trevas do obscurantismo, nas profundezas do mar ou dentro de uma nave espacial – Ele está presente na vida de todos os que O receberam. Não há muros que Lhe possam barrar a presença e a ação. Ei-Lo junto dos discípulos que se vão habituando a essas passagens inesperadas e esse trânsito do transcendente e do imanente, entre o espiritual e o físico.

Em terceiro lugar temos a presença de Tomé o ausente, agora presente. Jesus não depende de presenças e de ausências. Ele aparece pura e simplesmente. O discípulo já não precisa das marcas, mas ainda assim elas são apresentadas. A fisionomia de Jesus era suficiente ou a fé que desponta pelo aparecimento inusitado cresceu. Mas Tomé vai mais longe e faz uma declaração central no Evangelho sobre a identidade de Jesus: “Senhor meu e Deus meu”.

Em quarto lugar Jesus aproveita a ocasião para fazer a ponte em relação ao futuro próximo: “Bem-aventurados os que não viram mas creram”. Hoje como ontem nós fazemos parte dessa multidão incontável de crentes que não viram mas creem. Não cremos no vazio, não cremos por crer, não cremos de forma ignorante ou crédula. Cremos porque os factos foram registados, cremos porque ao crer a manifestação divina aconteceu em nós, cremos porque não podemos deixar de crer. Mas, no caso dos Apóstolos, o que eles viram com os seus próprios olhos levou-os a estarem dispostos a morrer na expectativa das moradas que Jesus prometeu iria preparar. Não podiam negar o que era evidente. As suas vidas foram transformadas e tocadas pelo poder do Altíssimo. Eles sabiam de facto que Jesus ressuscitou e isso muda tudo! Foi assim que um meu aluno confessou quando coloquei o cenário da ressurreição face ao hipotético vazio da vida, ao sem sentido e ao absurdo que a obra de Virgílio Ferreira Aparição elabora. ISSO MUDA TUDO!

Hoje Jesus está à porta da vida de cada um que ainda não O recebeu ou dos que já O receberam, mas entretanto O “despejaram”: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo.” (Apocalipse 3:20).

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Samuel R. Pinheiro
Diretor de Publicações

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A LOUCURA DE DEUS

“Eu sei bem como parece loucura, para os que estão perdidos, dizer que Jesus morreu 2020junho28 ADbenfica - 2peqna cruz para os salvar.” (1 Coríntios 1:18 – O Livro). Palavras do primeiro século, no berço da Igreja cristã, face à cultura grega. A própria necessidade de salvação é ofensiva para uma mentalidade humanista em que o homem ocupa o centro de todas as coisas. Hoje em dia carrega consigo a filosofia evolucionista, ou seja tudo o que existe é resultados das forças cegas da natureza, em que tudo surgiu do nada, a vida da não vida, o orgânico do inorgânico, a inteligência da não inteligência, do mesmo modo a linguagem, a consciência, a ética e a moral. Habilitado de um cérebro que continua a ser para todos nós um mistério, com um esforço titânico para se descobrir, conclui que a inteligência apenas nos tem a dizer que tudo é sem sentido. Na realidade se o homem é resultado das energias aleatórias da matéria a ideia de salvação é patética. Levando até às últimas consequências o raciocínio ficam justificados o holocausto, os gulags, os genocídios, os infanticídios; o que vale é o interesse particular dos mais fortes. A situação ainda fica mais disparatada para o homem natural quando essa salvação é resultado da morte de Jesus.

“Contudo, para nós que estamos salvos, isso é a expressão do poder de Deus”. (18 – O Livro). A diferença do raciocínio do homem e a sabedoria de Deus, tem o tamanho do pecado humano. Tudo muda de figura quando Deus entra em cena. Em vez de uma evolução temos a queda em que o homem ficou desfigurado, corrompido, por causa da sua desobediência. Mas Deus veio em nosso socorro. Não foram os pregos que prenderam Jesus à cruz, mas o Seu amor pela humanidade. O poder desse amor nos liberta para uma nova vida segundo Deus.

“O que dizer então desses sábios, desses especialistas na Lei, desses comentadores das grandes questões mundiais? Deus tornou a sua sabedoria em loucura. Porque Deus, na sua sabedoria, determinou que o homem não o encontraria por meio da sua inteligência, mas que haveria de salvar todos os que cressem nele mediante a loucura da pregação.” (20,21 – O Livro). É preciso ser muito inteligente para entender as teorias humanas, as filosofias, a ciência e a tecnologia. Se Deus tivesse determinado que assim fosse no plano da salvação, só os que nascem com um coeficiente de inteligência superior, é que entenderiam o plano da salvação. Teríamos que ser Deus para captar toda a sabedoria, toda inteligência, todo o conhecimento divino. Somos criação inteligente e o que nos é requerido é que humildemente, no reconhecimento das nossas limitações, acolhamos o Seu plano de salvação. O problema não está do lado de Deus, mas do nosso. Estamos espiritualmente falidos diante do Criador. Toda a inteligência do homem pode levá-lo à Lua, mas não chega para levá-lo a Deus. Até uma criança entende isso quando segura a mão do pai, ou quando pede à mãe para fazer o que ela não consegue. Foi isso que Deus fez. Na Sua passagem por esta terra Jesus exclamou: “Naquele momento, Jesus, cheio da alegria do Espírito Santo, disse: ‘Pai, Senhor do céu e da Terra, graças te dou por teres escondido estas coisas aos instruídos e aos sábios e as revelares às criancinhas. Sim, obrigado, Pai, pois foi assim que quiseste!’” (Lucas 10:21 – O Livro). Não se trata de um elogio à ignorância e estultícia, mas precisamente o contrário. É a exaltação da sabedoria divina que só se alcança com um coração humilde e singelo. A este propósito Jesus nos apela: “Aprendam de mim, porque sou brando e humilde, e acharão descanso para as vossas almas.” (Mateus 11:29 – O Livro). E o apóstolo Paulo por seu turno quando dirige uma carta aos Romanos exclama em adoração: “Como é imensa a riqueza de Deus e a sua sabedoria e ciência! Quem poderá explicar os seus planos e compreender os seus caminhos! Bem diz a Escritura: Quem é que conheceu os pensamentos do Senhor? Ou quem lhe serviu de conselheiro? Quem antes deu algo a Deus para que isso lhe seja retribuído? É que tudo veio de Deus e tudo existe por ele e para ele. A Deus seja dado louvor para todo o sempre. Ámen.” (11:33-36 – BPT). Sejamos sábios na sabedoria de Deus.

“Os judeus pedem sinais milagrosos e os gentios procuram sabedoria. Mas, quanto a nós, pregamos que Cristo foi crucificado, os judeus escandalizam-se e os gentios dizem que é loucura.” (22, 23 – O Livro). O escândalo e a loucura de religiosos e filósofos, são estultos, porque a o problema espiritual é nosso, e só Deus tem o poder de o resolver segundo a Sua natureza de amor e justiça. O amor de Jesus sem medida, satisfez a justiça divina, e reconciliou com Deus todos os que tomam estas coordenadas como base da sua vida. Em Jesus somos salvos! Bendita loucura e escândalo!

Samuel R. Pinheiro

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OS SOFRIMENTOS DO TEMPO PRESENTE

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Ainda bem que dói! Pode parecer estranho… mas não é masoquismo nem sadismo. Quando dói significa que algo não está bem e é preciso atender aos sinais para tratar do que está a provocar dor, e ainda bem. Quem não sente dor o organismo não reage e o problema vai-se agravando até ao ponto de ser tarde demais. O médico Paul Brand que escreveu com Philip Yancey, e que era especializado no tratamento da lepra, aspirava por devolver aos seus pacientes o dom da dor. Podemos dizer que nas emoções quando dói, por exemplo quando um ente parte, doer significa que há um relacionamento de intimidade, memórias e sentimentos que foram tão significativos que chegam ao ponto de parecer que não se consegue viver sem essa pessoa. Ainda bem que dói! Em termos espirituais também é possível sentir dores relacionadas ao sentido, desígnio de propósito da vida, e à ausência de Deus, porque só Ele nos preenche e só Jesus Cristo nos reconcilia em todas essas dimensões. Ainda bem que dói!

 

A questão do pecado é muito grave, acima de tudo porque ao provocar a morte espiritual, torna o homem insensível à sua situação no que é mais significativo e essencial. Precisamos do Espírito Santo para nos apercebermos da nossa situação espiritual. É isso que Jesus diz quando promete o Consolador: “Agora, volto para aquele que me enviou, mas nenhum de vocês me pergunta para onde vou. Em vez disso, sentem apenas tristeza. Na verdade, é melhor que eu vá, porque se eu não for não virá o Consolador. Se eu for, ele virá, pois vou enviá-lo. E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, de que têm de contar com a justiça de Deus e de que haverá um juízo. O pecado do mundo é não crer em mim. Haverá justiça porque eu vou para o Pai e vocês não me verão mais. O juízo virá porque o chefe deste mundo já foi julgado.” (João 16:5-11 – O Livro). É por isso que todos os que são vivificados são mais sensíveis à condição espiritual da humanidade.  Ainda bem que dói!

 

A redenção, o sermos filhos de Deus em Jesus Cristo, a presença do Espírito Santo em nós, o abraço do Pai, são fatores determinantes para tratar das nossas dores, quaisquer que elas sejam. Mas a esperança que o evangelho nos incute é marcante. É do texto bíblico, na escrita do apóstolo Paulo, que retiramos o nosso título: Com efeito, considero que aquilo que somos chamados a sofrer agora nada é comparado com a glória que ele nos dará mais tarde.” (Romanos 8:18 – O Livro). O que foi no Jardim do Éden, não é o que vivemos atualmente. O que vivemos em Jesus Cristo é uma antecipação das moradas eternas, é apenas um cheirinho, um perfume – é muito bom. Mas a plenitude virá no futuro que nos está reservado ao confiarmos e obedecermos ao Deus trino – Pai, Filho e Espírito Santo.

 

“As aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” (JFA). Só é possível compreender os espirituais negros nesta gloriosa esperança. Cantar como Paulo e Silas na prisão (Atos 16:25). Como Paulo que chegou a desesperar da própria vida, mas o consolo com que foi consolado por Deus, era a razão de ser do consolo que ministrava aos coríntios (2 Coríntios 1:8-11). Os heróis da fé dos quais o mundo não era digno: “Houve mulheres que receberam os seus entes queridos ressuscitados. Outros foram torturados, preferindo morrer a ficarem livres, porque esperavam, pela ressurreição, alcançar uma vida melhor. Outros foram ridicularizados, açoitados, acorrentados em prisões. Alguns morreram apedrejados, serrados ao meio; outros foram tentados a renegar a sua fé, acabando por ser mortos à espada. Houve os que andaram vagueando pelos desertos e pelas montanhas, vestidos de peles de ovelha e de cabra, escondendo-se em covas e em cavernas, sem amparo, perseguidos e maltratados. O mundo não era digno deles.” (Hebreus 11:35-38 – O Livro). Falemos dos mártires como Estêvão (Atos 7), os apóstolos, e os milhares que foram mortos e os que ainda hoje enfrentam a morte única e exclusivamente por confessarem Jesus como Senhor e Salvador. Esta esperança ainda hoje está disponível para cada um de nós no plano eterno de Deus. O próprio Jesus Cristo, o Justo que nos justificou, morreu tendo em vista o resultado futuro do seu sacrífico: “E quando vir que tudo isso foi realizado através da angústia da sua alma, verá a luz e ficará satisfeito. Por causa de tudo por que passou, o meu Servo justo fará com que muitos sejam considerados justos perante Deus, visto que levará todos os seus pecados. Por isso, lhe darei as honras de quem é grande e poderoso, pois derramou a sua alma, indo até à morte. Ele foi contado entre os transgressores, carregou os pecados de muitos e intercedeu junto de Deus pelos pecadores.” (Isaías 53:11,12 – O Livro).

 

O tempo presente não encerra toda a nossa existência. Existe em Jesus Cristo à nossa disposição uma dimensão eterna de glória. Vivamos intensamente esta bendita esperança.

 

Samuel R. Pinheiro

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